Herman aplaudiu a sátira ao presidente

"Absolutamente glorioso. Até mandei um sms ao Ricardo [Araújo Pereira]." Foi desta forma que Herman José reagiu, segundo contou ao DN, logo no domingo à noite, quando viu o Presidente da República ser caricaturado em dois sketches pelos Gato Fedorento, em Zé Carlos, na SIC.
No primeiro, tomando como ponto de partida o discurso das comemorações do 5 de Outubro, que pôs a dormir o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, Cavaco Silva - inspirado no Vitinho (boneco animado que mandava as crianças para a cama) - toma o nome de Cavaquinho, enquanto uma voz canta. Mais adiante, num segundo sketch, para reforçar a ideia de que o discurso do Presidente "continua a dar sono", segundo Ricardo Araújo Pereira, o quarteto de humoristas recuperou as suas declarações sobre umas vacas que terá ordenhado. No mesmo sketch eis que entra uma vaca que questiona porque não falar de economia, crise... ou até de gajas. E de novo são aproveitadas as declarações de Cavaco Silva, desta vez, no Portugal Fashion, sobre 20 caras bonitas a passar a "um metro de distância dos nossos sapatos". Questionado se faz sentido caricaturar Cavaco Silva, Herman José responde: "Não só faz sentido, como é essencial e muito didáctico. Este Presidente era primeiro-ministro quando a RTP me censurou o Humor de Perdição, na RTP."Foi também este humorista que protagonizou uma polémica com o anterior presidente da República, Jorge Sampaio, ao parodiar com o facto de o seu segurança pessoal ter sido apanhado, alegadamente, com uma mala de droga. Instado a recordar o que se passou, Herman responde: "Só me lembro das coisas boas, e a presidência de Jorge Sampaio não me deixou boas recordações. Nem a mim, nem imagino que a Ferro Rodrigues", acrescentando ter dúvidas sérias se Sampaio e a mulher lhe perdoaram. "Pelo menos fizeram um bom trabalho: continuo - apesar de ser comendador da República - proscrito de todas e quaisquer comemorações oficiais", atira.À questão "acha que Sampaio não tem sentido de humor?", Herman responde: "Todos têm muito sentido de humor, desde que os visados não sejam eles próprios." E Cavaco Silva? "Isso é uma pergunta ou é uma piada?", brinca o humorista, que acredita que "em democracia ninguém está acima da paródia". Outros episódios revela que terá a "alegria de os contar todos em livro, oportunamente".Relativamente ao futuro, Herman está seguro: "Eles viveram ao meu lado mais de seis anos. Sabem muito bem do que a nossa democracia gasta, e os riscos que correm! Vivam os Gato!", que foram vistos por 1,4 milhões de pessoas.
fonte: DN

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