Ricardo Araújo Pereira. Na sua primeira entrevista após a estreia de ‘Zé Carlos’, o elemento mais mediático dos ‘Gato Fedorento’ revela ao CM que o próximo programa estreia em Outubro de 2009. Sobre o peso dos políticos portugueses no humor é peremptório: “Para alguma coisa haviam de ser bons”.
Correio da Manhã – Têm alguma fixação com o nome ‘Zé Carlos’, que já aparece num sketche da RTP?
Ricardo Araújo Pereira – O nome ‘Zé Carlos’ já apareceu em inúmeros sketches. Não admira: é um nome muito bonito.
– Ficam sempre entre os cinco mais vistos. Querem chegar ao número um ou isso não os incomoda?
– O número um, para nós, não chega. Ambicionamos chegar um pouco mais além. Também temos o sonho antigo de ficar em 26º.
– O formato é semelhante ao ‘Diz que é uma espécie de Magazine’. Por que não voltar ao estilo da SIC Radical?
– Conhece a história do velho, o menino e o burro? É quase tão gira como a do ‘Gato Fedorento’ e o formato. Quando chegámos à RTP fomos criticados porque começámos a fazer o mesmo que fazíamos na SIC. Depois passámos a fazer outro formato e fomos criticados porque era diferente do primeiro. Agora mudámos para a SIC e somos criticados porque o formato é igual ao da RTP. É curioso notar que, no seio do nosso grupo, a opinião é unânime: sinceramente, queremos que o formato, digamos, se lixe.
– Na RTP a realização era mais cuidada. Na SIC têm menos meios?
– Na SIC temos exactamente a mesma equipa de realização que tínhamos na RTP. Talvez seja do clima de Carnaxide. Sempre ouvi dizer que a humidade prejudica a realização.
– Têm atacado várias vezes o ‘Magalhães’. A actualidade está assim tão desinteressante em Portugal ?
– É um facto que a actualidade em Portugal está desinteressante, mas não esperava ter de explicar isso ao CM. Repare: em quatro programas, desde o dia 5 de Outubro, fizemos três sketches sobre o ‘Magalhães’. Em igual período de tempo, o CM publicou cerca de dez notícias sobre o computador português, incluindo informação sobre os encargos das autarquias com o ‘Magalhães’, as acções de formação de professores relativas ao ‘Magalhães’, os protestos da oposição por causa das acções de formação do ‘Magalhães’, os protestos do sindicato dos professores por causa das acções de formação do ‘Magalhães’, os problemas fiscais da empresa que fabrica o ‘Magalhães’, os contactos com outros países com vista à exportaçãodo‘Magalhães’, o iminente aumento de preço do ‘Magalhães’, etc. Pensei que a falta de assunto era evidente.
– Substituíram os ‘Tesourinhos Deprimentes’ pelos ‘Tumba’. Não acha que têm o mesmo conceito? É difícil vasculhar nos arquivos da SIC?
– Por acaso, não acho que tenham o mesmo conceito. Tenho a certeza absoluta de que têm o mesmo conceito. O objectivo era esse, aliás. Os arquivos da SIC, sendo mais pequenos, conseguem ter grande concentração de material deprimente.
– O contrato com a SIC é de dois anos e para dois programas. Vai manter o ‘Zé Carlos’ ou fazer mudanças?
– Este programa dura até Dezembro. O próximo começará em Outubro de 2009, ou seja, daqui a um ano. Confesso que ainda não dedicámos um minuto a pensar nele. Quanto ao formato, posso adiantar que não será um programa da manhã. Mas poderá, ainda assim, ter passatempos.
– Continua a achar que os políticos são uma boa matéria-prima para fazer humor em Portugal?
– Sim. Para alguma coisa os políticos portugueses haviam de ser bons.
Correio da Manhã – Têm alguma fixação com o nome ‘Zé Carlos’, que já aparece num sketche da RTP?
Ricardo Araújo Pereira – O nome ‘Zé Carlos’ já apareceu em inúmeros sketches. Não admira: é um nome muito bonito.
– Ficam sempre entre os cinco mais vistos. Querem chegar ao número um ou isso não os incomoda?
– O número um, para nós, não chega. Ambicionamos chegar um pouco mais além. Também temos o sonho antigo de ficar em 26º.
– O formato é semelhante ao ‘Diz que é uma espécie de Magazine’. Por que não voltar ao estilo da SIC Radical?
– Conhece a história do velho, o menino e o burro? É quase tão gira como a do ‘Gato Fedorento’ e o formato. Quando chegámos à RTP fomos criticados porque começámos a fazer o mesmo que fazíamos na SIC. Depois passámos a fazer outro formato e fomos criticados porque era diferente do primeiro. Agora mudámos para a SIC e somos criticados porque o formato é igual ao da RTP. É curioso notar que, no seio do nosso grupo, a opinião é unânime: sinceramente, queremos que o formato, digamos, se lixe.
– Na RTP a realização era mais cuidada. Na SIC têm menos meios?
– Na SIC temos exactamente a mesma equipa de realização que tínhamos na RTP. Talvez seja do clima de Carnaxide. Sempre ouvi dizer que a humidade prejudica a realização.
– Têm atacado várias vezes o ‘Magalhães’. A actualidade está assim tão desinteressante em Portugal ?
– É um facto que a actualidade em Portugal está desinteressante, mas não esperava ter de explicar isso ao CM. Repare: em quatro programas, desde o dia 5 de Outubro, fizemos três sketches sobre o ‘Magalhães’. Em igual período de tempo, o CM publicou cerca de dez notícias sobre o computador português, incluindo informação sobre os encargos das autarquias com o ‘Magalhães’, as acções de formação de professores relativas ao ‘Magalhães’, os protestos da oposição por causa das acções de formação do ‘Magalhães’, os protestos do sindicato dos professores por causa das acções de formação do ‘Magalhães’, os problemas fiscais da empresa que fabrica o ‘Magalhães’, os contactos com outros países com vista à exportaçãodo‘Magalhães’, o iminente aumento de preço do ‘Magalhães’, etc. Pensei que a falta de assunto era evidente.
– Substituíram os ‘Tesourinhos Deprimentes’ pelos ‘Tumba’. Não acha que têm o mesmo conceito? É difícil vasculhar nos arquivos da SIC?
– Por acaso, não acho que tenham o mesmo conceito. Tenho a certeza absoluta de que têm o mesmo conceito. O objectivo era esse, aliás. Os arquivos da SIC, sendo mais pequenos, conseguem ter grande concentração de material deprimente.
– O contrato com a SIC é de dois anos e para dois programas. Vai manter o ‘Zé Carlos’ ou fazer mudanças?
– Este programa dura até Dezembro. O próximo começará em Outubro de 2009, ou seja, daqui a um ano. Confesso que ainda não dedicámos um minuto a pensar nele. Quanto ao formato, posso adiantar que não será um programa da manhã. Mas poderá, ainda assim, ter passatempos.
– Continua a achar que os políticos são uma boa matéria-prima para fazer humor em Portugal?
– Sim. Para alguma coisa os políticos portugueses haviam de ser bons.
PERFIL
Ricardo Artur de Araújo Pereira nasceu em Lisboa em 1974. Licenciou-se em Comunicação Social e Cultural, na Universidade Católica. Seguiu-se o trabalho como jornalista, na redacção do ‘Jornal de Letras, Artes e Ideias’. Argumentista das Produções Fictícias e co-autor de vários textos para o Herman José, celebrizou-se com os ‘Gato Fedorento’, na SIC Radical. Com o mesmo quarteto passou pela RTP e está de volta à SIC.
fonte: site CM
Ricardo Artur de Araújo Pereira nasceu em Lisboa em 1974. Licenciou-se em Comunicação Social e Cultural, na Universidade Católica. Seguiu-se o trabalho como jornalista, na redacção do ‘Jornal de Letras, Artes e Ideias’. Argumentista das Produções Fictícias e co-autor de vários textos para o Herman José, celebrizou-se com os ‘Gato Fedorento’, na SIC Radical. Com o mesmo quarteto passou pela RTP e está de volta à SIC.
fonte: site CM
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