A homossexualidade é um tema na ordem do dia. Mas transportar uma relação entre duas mulheres para uma novela nacional é quase inédito. Um beijo entre personagens femininas é pioneiro. Vai poder ver-se em "Podia acabar o Mundo", na SIC.
Diana Chaves e Ana Guiomar interpretam Cláudia e Sónia, respectivamente, na trama da chancela de Carnaxide, sendo que vão viver uma acesa e polémica paixão, a qual, tanto quanto se sabe, irá pelo menos culminar num beijo. Esta cena está integrada no episódio 61 e, ao que tudo indica, irá para o ar dentro de sensivelmente um mês. Já nos primórdios de "Morangos com açúcar", da TVI, se sugeriu uma relação homossexual entre mulheres, mas não se foi além disso. Viu-se pouco dela.
Na altura, a personagem interpretada por Maria Sampaio apaixonava-se pela de Cláudia Vieira. Porém, não passou de um amor platónico e, como tal, não consumado.
Também lá fora esta temática tem sido deveras abordada, sobretudo em séries (ver caixa). Mas, de acordo com Virgílio Castelo, actor e consultor para a ficção da SIC, "não se está a copiar qualquer moda". E concretiza: " O objectivo é reflectirmos cada vez mais a actualidade e a homossexualidade feminina é como outra sexualidade qualquer".
O responsável garante que a temática é tratada na novela "de uma forma profunda, séria e rigorosa". No entanto, como reagirão as mentes mais conservadoras? "Poderá gerar celeuma. Ao fazermos um produto abrangente, haverá franjas de espectadores que não se identificarão", contudo, acrescenta: "Como construtores de histórias, temos a responsabilidade de retratar a realidade que existe e não uma outra idealizada". A novela deve ser, então, além da componente lúdica, um veículo para desmistificar preconceitos e "suscitar reflexão".
Aliás, ideia corroborada por Pedro Lopes, guionista da produtora SP Televisão. "É um produto de massas com uma função educativa e deve colocar questões, levantar problemas e confrontar as pessoas", defende. Na medida em que quebrar o tabu da homossexualidade feminina "é uma preocupação universal", não vê aqui nenhum tipo de seguidismo face às séries estrangeiras.
Recupere-se a controvérsia que surgiu no Brasil relativamente a uma cena da novela "Duas caras" da Globo, exibida por cá na SIC, que foi censurada porque continha um beijo entre duas personagens masculinas gay. Na opinião de Pedro Lopes, "foi uma decisão da estação", portanto, não representativa do hipotético conservadorismo de um povo.
Convicto de que "Podia acabar o Mundo" prima "pelo bom gosto e não pretende chocar", crê que "a sociedade portuguesa está mais do que preparada para acompanhar o relacionamento em causa".
Diana Chaves e Ana Guiomar interpretam Cláudia e Sónia, respectivamente, na trama da chancela de Carnaxide, sendo que vão viver uma acesa e polémica paixão, a qual, tanto quanto se sabe, irá pelo menos culminar num beijo. Esta cena está integrada no episódio 61 e, ao que tudo indica, irá para o ar dentro de sensivelmente um mês. Já nos primórdios de "Morangos com açúcar", da TVI, se sugeriu uma relação homossexual entre mulheres, mas não se foi além disso. Viu-se pouco dela.
Na altura, a personagem interpretada por Maria Sampaio apaixonava-se pela de Cláudia Vieira. Porém, não passou de um amor platónico e, como tal, não consumado.
Também lá fora esta temática tem sido deveras abordada, sobretudo em séries (ver caixa). Mas, de acordo com Virgílio Castelo, actor e consultor para a ficção da SIC, "não se está a copiar qualquer moda". E concretiza: " O objectivo é reflectirmos cada vez mais a actualidade e a homossexualidade feminina é como outra sexualidade qualquer".
O responsável garante que a temática é tratada na novela "de uma forma profunda, séria e rigorosa". No entanto, como reagirão as mentes mais conservadoras? "Poderá gerar celeuma. Ao fazermos um produto abrangente, haverá franjas de espectadores que não se identificarão", contudo, acrescenta: "Como construtores de histórias, temos a responsabilidade de retratar a realidade que existe e não uma outra idealizada". A novela deve ser, então, além da componente lúdica, um veículo para desmistificar preconceitos e "suscitar reflexão".
Aliás, ideia corroborada por Pedro Lopes, guionista da produtora SP Televisão. "É um produto de massas com uma função educativa e deve colocar questões, levantar problemas e confrontar as pessoas", defende. Na medida em que quebrar o tabu da homossexualidade feminina "é uma preocupação universal", não vê aqui nenhum tipo de seguidismo face às séries estrangeiras.
Recupere-se a controvérsia que surgiu no Brasil relativamente a uma cena da novela "Duas caras" da Globo, exibida por cá na SIC, que foi censurada porque continha um beijo entre duas personagens masculinas gay. Na opinião de Pedro Lopes, "foi uma decisão da estação", portanto, não representativa do hipotético conservadorismo de um povo.
Convicto de que "Podia acabar o Mundo" prima "pelo bom gosto e não pretende chocar", crê que "a sociedade portuguesa está mais do que preparada para acompanhar o relacionamento em causa".
fonte: JN
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