A novela juvenil da SIC tem os dias contados. Ainda que vá permanecer no ar até meados de 2009, as gravações terminam em breve; uma vez que os contratos dos profissionais envolvidos expiram a 31 de Dezembro.
"Rebelde way" foi lançada no último Verão como uma das grandes apostas de Carnaxide e havia muita expectativa relativamente à conquista de um espaço próprio junto do público. Afinal, "Morangos com açúcar", a sua concorrente, foi inspirada no original argentino "Rebelde".
Agora, tudo aponta para que não haja continuidade da série. Joana Anes, que interpreta "Mia", uma das protagonistas, confirmou que "está previsto que as filmagens terminem no final deste mês". Até porque, nessa data, finda o vínculo contratual da equipa.
"É sempre triste acabar um projecto", afirmou. No entanto, o balanço que faz é positivo: "Cresci muito enquanto actriz". Interrogada sobre as fracas audiências, - a média de quota de espectadores pouco ultrapassa a barreira dos 20% - disse não se sentir defraudada. "A recepção que temos na rua é muito boa. O importante é que as pessoas que vêem gostem".
O crítico de televisão Eduardo Cintra Torres atribuiu o fim prematuro de "Rebelde way" ao facto de esta "não gerar receitas". Além disso, em seu entender, "é inferior à concorrência que está firmemente estabelecida".
Outra opinião é a de Atílio Riccó, não fosse ele o realizador da novela, que, curiosamente, assegurou a primeira série de "Morangos com açúcar". "'Rebelde' está a cumprir o objectivo gizado e tem um público constante", garantiu.
Tendo em conta "que está há menos tempo no ar do que aquilo que ainda vai estar, tudo pode acontecer". O realizador acredita que "quando a banda da novela explodir" o produto "terá um potencial de crescimento imenso". Não considera "Morangos" superior a "Rebelde", admitindo, todavia, que "há hábitos que estão inculcados" e "uma máquina de 'merchandising' difícil de se quebrar". Defendeu que "Rebelde" se deveria "bater" com "Morangos", em faixa horária análoga.
Confrontado com um hipotético elitismo associado à história, discrepante das referências lusas, salientou que se trata de "ficção, logo procura-se um diferencial face à realidade". Quanto à contingência de este ser um conteúdo pouco acarinhado pela direcção de Programas da SIC - recorde-se que "Rebelde Way" é uma herança da era de Francisco Penim - Atílio Riccó sublinhou que "Nuno Santos lançou a novela como se fosse filha própria", apesar dos vários adiamentos a que esteve sujeita a sua estreia.
fonte: JN
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