Cidade de Matosinhos em destaque no primeiro Nós Por Cá

A versão diária e alargada do "Nós por cá", da SIC, que estreia esta segunda-feira, pelas 19 horas, vai dar especial atenção aos pescadores de Matosinhos, ao longo de toda a semana. Há ainda convidados, crónicas e três novas rubricas.
Uma das características do renovado "Nós por cá" é a inclusão de três directos por programa, sendo que Matosinhos vai estar na berlinda ao longo da primeira semana de emissões. O ângulo de abordagem vai ser a pesca e tudo o que lhe está associado. No futuro, outras localidades do país vão estar em foco, tornando-se a mobilidade geográfica uma das marcas do programa, embora o programa seja sempre conduzido a partir de Lisboa.
Mas há mais. Vão existir três rubricas fixas , duas crónicas - uma diária, por Augusto Madureira (que por vezes substituirá Conceição Lino ) e outra semanal, por Mário Crespo -, assim como dois convidados diários (uma figura pública e um anónimo) em estúdio para comentar as peças produzidas pelos seis jornalistas de "Nós por cá".
Note-se que há também espaço para o 'velho' "Nós por cá" pois Conceição Lino vai mostrar as já habituais imagens e situações denunciadas pelos espectadores.
"Espero bem que o programa incomode", diz Conceição Lino, a pivô do programa. "Se for para 'embalar' quem nos vê numa doce melodia mais valia fazermos outro programa".
De forma a contrariar alguma informação divulgada, a jornalista esclarece também que não se trata de um modelo decalcado da do "Praça Pública", que marcou o arranque da SIC. Na altura, o "Praça" veio dar voz às pessoas que estavam arredadas dos noticiários". Agora, "vai ser dada voz de outra forma. Não me imagino a fazer o mesmo que há 15 anos nem me parece que haja alguém na equipa a pensar fazê-lo". Preparou-se " um programa de informação com vivacidade e olhar crítico, bem disposto, informal, sem fato e gravata, próximo das pessoas".
"Nós por cá" parece praticar o chamado jornalismo de cidadania, uma vez que se focaliza na proximidade com as pessoas, embora Conceição Lino não veja nessa característica nada de extraordinário, mas antes algo inerente ao próprio jornalismo. Daí que defenda que no seu programa se faz simplesmente jornalismo: "Não precisa de mais nenhum nome".
No fundo, explica, trata-se de explorar o que faz parte da sua missão. "A democracia é uma conquista mas tem vícios e não é forçosamente uma garantia. E os jornalistas devem ser vigilantes. Sempre, com ou sem crise".
Não é também a conjuntura de crise económica uma das razões para o lançamento de "Nós por cá", nem o facto de estarmos em ano de eleições. "Foi uma coincidência", afirma a esse respeito.
fonte: JN

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