A 'pivot' de Carnaxide vai apresentar um programa que se quer que seja "um espaço de cidadania", antes do 'Jornal da Noite', competindo com 'O Preço Certo' (RTP1) e 'Morangos' (TVI). Mas isso não a assusta, pois acredita no trabalho da sua equipa, constituída por jornalistas experientes
"Votamos em si, minha senhora! Venha cá, venha cá... Como se chama?", grita a voz firme de Conceição Lino, chamando a atenção de uma multidão de "formigas carregadoras" que circulava, ontem, sábado, pelas 11.00, no Mercado de Benfica, em Lisboa, e que o DN acompanhou. Sentindo os braços que carregavam o fruto de uma manhã de colecta no mercado lisboeta presos pela pivot da SIC, Ana Sousa Silva, 64 anos, residente na Venda Nova, balbucia timidamente um aviso: "Olhe que não quero aparecer na televisão. Só lhe quero dar um beijinho, pois gosto tanto de si..." Ao que a jornalista, frenética, acompanhada pela sua equipa e uma câmara, cheia de bandeirinhas com o logótipo da SIC, bonés, sacos de plástico (só faltaram mesmo as canetas e os porta-chaves) - como uma verdadeira candidata que faz campanha eleitoral pela sua causa, o novo programa Nós por Cá -, responde: "Não tenha medo, estou aqui para lhe dizer que vou estar de segunda a sexta-feira, às 19.00, na SIC, por si..." A mensagem foi repetida vezes sem conta por Conceição Lino, directa a todos aqueles que por ela passavam. "Não se esqueça, segunda-feira às sete!", anunciava. Palavras ouvidas junto de uma das muitas bancas de fruta por Carlinda, mulher de meia-idade, que solta um suspiro: "Vamos lá ver se tem sorte neste [programa]. Já gostava de a ver a mostrar os postes eléctricos no meio da estrada, os buracos nas ruas ou os sinais em sítios errados", diz.
"Votamos em si, minha senhora! Venha cá, venha cá... Como se chama?", grita a voz firme de Conceição Lino, chamando a atenção de uma multidão de "formigas carregadoras" que circulava, ontem, sábado, pelas 11.00, no Mercado de Benfica, em Lisboa, e que o DN acompanhou. Sentindo os braços que carregavam o fruto de uma manhã de colecta no mercado lisboeta presos pela pivot da SIC, Ana Sousa Silva, 64 anos, residente na Venda Nova, balbucia timidamente um aviso: "Olhe que não quero aparecer na televisão. Só lhe quero dar um beijinho, pois gosto tanto de si..." Ao que a jornalista, frenética, acompanhada pela sua equipa e uma câmara, cheia de bandeirinhas com o logótipo da SIC, bonés, sacos de plástico (só faltaram mesmo as canetas e os porta-chaves) - como uma verdadeira candidata que faz campanha eleitoral pela sua causa, o novo programa Nós por Cá -, responde: "Não tenha medo, estou aqui para lhe dizer que vou estar de segunda a sexta-feira, às 19.00, na SIC, por si..." A mensagem foi repetida vezes sem conta por Conceição Lino, directa a todos aqueles que por ela passavam. "Não se esqueça, segunda-feira às sete!", anunciava. Palavras ouvidas junto de uma das muitas bancas de fruta por Carlinda, mulher de meia-idade, que solta um suspiro: "Vamos lá ver se tem sorte neste [programa]. Já gostava de a ver a mostrar os postes eléctricos no meio da estrada, os buracos nas ruas ou os sinais em sítios errados", diz.
Entretanto, ali perto, um grupo de crianças, entre os seis e os 12 anos, devidamente munidas de chapéus e bandeiras, toma forma de claque da jornalista, e acompanha-a ao longo do restante passeio pelo mercado. O barulho provocado pelas suas palavras de ordem, "Conceição, Conceição, Conceição...", fizeram aumentar a curiosidade de quem passava. A animação toma tamanha proporção que Luís Marques, director-geral da SIC, entre risos, reage: "A Conceição é assim genuína, ela gosta mesmo de falar com as pessoas, de estar próximo delas." Uma frase que sintetiza o espírito do programa que passa de rubrica semanal a programa diário, das 19.00 às 20.00, de segunda a sexta-feira.
Ao DN, Alcides Vieira, director de Informação da estação, explica: "Este é um espaço da cidadania, onde as pessoas se irão sentir representadas." É também "onde queremos dar relevo a pessoas e a pequenas situações que são representativas da sociedade portuguesa", reforça.
Já Conceição Lino, que rejeita, qualquer semelhança com a Praça Pública de há 15 anos ou medo da concorrência, defende o desejo de chegar ao maior número de pessoas contando, para tal, com "uma equipa de jornalistas muito experientes".
fonte: DN
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