Mário Crespo entrevista... Alberto João Jardim

Não é a primeira vez que a SIC inaugura um espaço de informação com uma entrevista a Alberto João Jardim. O mesmo acontece com o primeiro programa Mário Crespo en- trevista que, em directo, a partir do Funchal, no próximo dia 12, segun-da-feira, pelas 21.00, dá voz ao Presidente do Governo Regional da Madeira.
Uma entrevista com duração de 40 minutos e que só poderá ser vista na região autónoma através da TV Cabo, uma vez que os canais privados não se encontram em sinal aberto. Ou seja, na Madeira é obrigatório pagar para ter acesso à SIC e à TVI. O mesmo acontece nos Açores.
O timing desta entrevista acontece num momento crucial nas relações entre o governo da Madeira e o governo da República. Em Dezembro de 2008, numa altura de crispação entre Belém e São Bento, devido ao Alberto João Jardim escreveu uma carta a Cavaco Silva queixando-se do executivo de José Sócrates, relativamente às repercussões da Lei de Finanças regionais, à imposição de endividamento nulo, apelando para a intervenção do Chefe de Estado, numa altura de crise generalizadas. Por outro lado, há medidas anunciadas pelo governo de Durão Barroso, então primeiro- -ministro, e que nunca foram cumpridas pelos governos PSD/PP e que transitaram para o PS. Há ainda as críticas da oposição regional que acusam o governo regional de "esbanjamento" de verbas, de investimentos sem retorno, caso das Sociedades de Desenvolvimento, e de uma alegada dívida acumulada que ultrapassa os 5 mil milhões de euros. Com um desemprego a atingir números preocupantes e uma redução do crescimento PIB face à media nacional, a Madeira vive ainda uma taxa de analfabetismo elevada, uma dependência muito grande do sector público, mais de 25% da população é funcionário do governo, tudo isto enquadrado num cenário macroeconó- mico difícil, pois tudo gira à volta do turismo. Por outro lado, e em termos partidários, a última comissão política do PSD/M quer que a direcção nacional assuma que está em condições de ganhar as três corridas eleitorais do ano, deixando a decisão de um congresso extraordinário à iniciativa de Manuela Ferreira Leite.

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