Salazar e os seus amores

A SIC reservou para Fevereiro a estreia de uma série histórica dedicada ao ditador que gostava de gabar-se do seu "casamento com a pátria". Pelos vistos, António de Oliveira Salazar também sucumbiu a outros amores.
"Trata-se de uma narrativa ancorada no real", explica Virgílio Castelo, consultor para a ficção nacional da SIC, "que se baseia no que foi escrito e pesquisado sobre Salazar". Nenhum dos casos descritos em "A vida privada de Salazar" é inventado, garante Virgílio Castelo. "O guião procurou ser rigoroso, não há especulações, se a ficção existe é nas ligações entre os vários episódios amorosos".
A tese da minissérie, que será apresentada pela estação na próxima segunda-feira, resume-se a uma ideia: "Se ele estava casado com a pátria, também deu umas boas escapadelas". E a mais atractiva, pelos contornos que apresenta, é interpretada por Soraia Chaves. A ela coube dar corpo a Maria Emília Vieira, uma mulher invulgar para a época. Conhecida como astróloga, começou por lhe pôr as cartas e acabou por se transformar na conselheira do governante que comandou o destino do país durante quatro décadas. Acrescente-se a seu respeito, a ousadia de vestir calças ou de andar a cavalo no Chiado.
Maria Emília Vieira destoa, no entanto, das restantes paixões: da aristocrata Carolina Asseca à Felismina Oliveira. Do elenco fazem parte: Ana Padrão, Maria Guiomar, Maria João Pinho, Catarina Wallestein. A produção tem assinatura da Valentim Carvalho Filmes. Para o papel de Salazar optou-se por Diogo Morgado, "não só por ser um actor surpreendente, mas também pela verosimilhança física, que ele tão bem soube cumprir", diz Virgílio Castelo.
A acção passa-se em Lisboa, Estoril, Coimbra, Vimieiro e Viseu, ou seja, onde esteve Salazar
fonte JN

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