Estreou agora uma série na SIC, mas não lhe faltam ideias para o trabalho que se segue. As peripécias de ‘Camilo, o Homem dos Sete Ofícios’ já fervilham na cabeça do actor.
O contrato até 2010 com a SIC obriga o actor a fazer 52 episódios para a estação. Vinte e seis estão já assegurados com a série ‘Camilo, o Presidente’, em exibição. Os outros 26 deverão ser protagonizados por um outro Camilo, um ingénuo homem do Norte que sai da sua pacata aldeia e chega a Lisboa em busca de trabalho e melhores condições de vida.
“É um homem bom, mas é tão ingénuo que se deixa roubar numa caixa multibanco logo à chegada a Lisboa. Sem dinheiro, e com a sua velha mala de cartão, Camilo dorme nos bancos de jardim da cidade. Para sobreviver vai respondendo a anúncios que vê nos jornais que apanha no lixo, mas é tão desastrado que só faz asneiras nos vários empregos por onde vai passando e vai sendo despedido”, desvenda Camilo de Oliveira ao CM.
Este projecto só ficará na gaveta se o produtor Piet-Hein Bakker decidir entregar mesmo a Camilo um formato inglês que quer adquirir por o achar talhado para o popular actor. “Há muito tempo que o Piet-Hein me sonda. Há uns dez anos disse-me que tinha um projecto para eu desenvolver na Endemol. Mas eu tinha um contrato de exclusividade com a SIC e não o podia aceitar enquanto estivesse vinculado à estação”, conta o humorista.
O actor, que está a gravar o novo episódio de ‘Camilo, o Presidente’, mostra-se bastante satisfeito com as condições oferecidas pela SIC e pela CBV, a produtora, e confessa que não fez “exigências nenhumas”. Para evitar madrugar nos dias de gravações, em que começa a trabalhar logo às 08h00, fica instalado num hotel em Alcochete. “Na segunda-feira levanto-me, tomo um duche quase frio para ficar acordado e, às 08h00, estou a entrar no estúdio. No final do dia regresso ao hotel, janto, vejo um pouco de televisão e adormeço”, explica Camilo que grava ‘Camilo, o Presidente’ dois dias por semana. “Os outros dias estão reservados a reuniões com os guionistas, com o realizador, e para estudar os textos”, diz.
“Nunca me faltou nada!”, revela o actor. E, cheio de graça, recorda: “Uma vez, até contrataram uma pessoa para andar atrás de mim com uma cadeira. O homem ainda fez isso um dia ou dois, mas decidi pôr termo à situação. Não fazia sentido, nem eu me sentia bem, por muito que o homem precisasse do emprego”. Mas não é só na televisão que Camilo de Oliveira faz sucesso. Na internet, os sketches de ‘Camilo em Sarilhos’, Camilo, o Pendura’, ‘A Loja do Camilo’ ou ‘As Aventuras de Camilo’, entre outros, são muito procurados. ‘Sabadabadu’, emitido em 1981, onde Camilo contracenava com a actriz Ivone Silva, é um dos ví eos mais vistos.
“Na altura, o País parava para ver a série. O meu sonho era fazer outro igual“, sublinha. Apesar de reconhecer as potencialidades desta plataforma, o actor não lhe dá especial atenção: “Já me falaram nisso. E sei que o público também lá vai. É tecnologia moderna, mas nunca tive essa preocupação”.
Figura de referência para o público, Camilo de Oliveira explica que o sucesso do seu trabalho se fica a dever à preocupação que tem em ir “ao encontro do público”, que “não gosta de coisas muito intelectualizadas”. “O meu humor é inspirado nos grandes actores de teatro como António Silva, Vasco Santana e Ribeirinho. Este tipo de humor nunca morre”, diz.
Camilo de Oliveira nasceu em 1924, em Buarcos, Figueira da Foz. Filho de actores, cresceu com o Salão Rentini, companhia de teatro itinerante da família. Cedo começou a representar e logo se destacou como um dos mais populares na arte de fazer rir. Em 2008 comemorou 60 anos de carreira, data que a SIC assinalou com uma homenagem realizada no Teatro Tivoli, em Lisboa. Na sua longa carreira, o popular actor fez 47 revistas, 24 comédias e vários programas de televisão. Ontem, com a chancela da Esfera dos Livros, Camilo lançou a sua biografia: ‘As Regras da Minha Vida. Camilo de Oliveira, o Actor do Povo’. “Só agora aceitei fazê-la porque é preciso ter passado para lançar uma biografia”, diz. Camilo tem dois filhos rapazes e já adultos. E só agora revelou a idade...
“GATOS SÃO INTELIGENTES”
Os Gato Fedorento assinalaram os últimos dois fim-de-ano com programas na RTP e na SIC. Camilo, admirador do humor irreverente do grupo, juntou-se à festa e deixou-se fotografar, em 2008, com os humoristas. “São uns rapazes inteligentes. Trabalham bem”, elogia. Se nas séries em reposição Camilo fez 8,9% de audiência e 23,4% de share, com ‘Camilo, o Presidente’, atinge 10,8% de audiência e 27% de share. ‘Gato Fedorento: Zé Carlos’ teve 11% de audiência e 28,8% de share.
DETALHES: A PAIXÃO PELA PESCA
Quando tem uma folga, Camilo “agarra” na mulher e vai para a pesca. “Vamos para as barragens do Alentejo. Deixo a Paula à sombra de um chaparro e ponho-me a pescar”, conta.
ACTOR NAMORADEIRO
Camilo conduz o carro dos seus sonhos, um BMW Z3, cabriolet. E diz que nunca teve carros senão de dois lugares, porque era “muito namoradeiro”. “Assim, nunca havia lugar para a sogra”.
O contrato até 2010 com a SIC obriga o actor a fazer 52 episódios para a estação. Vinte e seis estão já assegurados com a série ‘Camilo, o Presidente’, em exibição. Os outros 26 deverão ser protagonizados por um outro Camilo, um ingénuo homem do Norte que sai da sua pacata aldeia e chega a Lisboa em busca de trabalho e melhores condições de vida.
“É um homem bom, mas é tão ingénuo que se deixa roubar numa caixa multibanco logo à chegada a Lisboa. Sem dinheiro, e com a sua velha mala de cartão, Camilo dorme nos bancos de jardim da cidade. Para sobreviver vai respondendo a anúncios que vê nos jornais que apanha no lixo, mas é tão desastrado que só faz asneiras nos vários empregos por onde vai passando e vai sendo despedido”, desvenda Camilo de Oliveira ao CM.
Este projecto só ficará na gaveta se o produtor Piet-Hein Bakker decidir entregar mesmo a Camilo um formato inglês que quer adquirir por o achar talhado para o popular actor. “Há muito tempo que o Piet-Hein me sonda. Há uns dez anos disse-me que tinha um projecto para eu desenvolver na Endemol. Mas eu tinha um contrato de exclusividade com a SIC e não o podia aceitar enquanto estivesse vinculado à estação”, conta o humorista.
O actor, que está a gravar o novo episódio de ‘Camilo, o Presidente’, mostra-se bastante satisfeito com as condições oferecidas pela SIC e pela CBV, a produtora, e confessa que não fez “exigências nenhumas”. Para evitar madrugar nos dias de gravações, em que começa a trabalhar logo às 08h00, fica instalado num hotel em Alcochete. “Na segunda-feira levanto-me, tomo um duche quase frio para ficar acordado e, às 08h00, estou a entrar no estúdio. No final do dia regresso ao hotel, janto, vejo um pouco de televisão e adormeço”, explica Camilo que grava ‘Camilo, o Presidente’ dois dias por semana. “Os outros dias estão reservados a reuniões com os guionistas, com o realizador, e para estudar os textos”, diz.
“Nunca me faltou nada!”, revela o actor. E, cheio de graça, recorda: “Uma vez, até contrataram uma pessoa para andar atrás de mim com uma cadeira. O homem ainda fez isso um dia ou dois, mas decidi pôr termo à situação. Não fazia sentido, nem eu me sentia bem, por muito que o homem precisasse do emprego”. Mas não é só na televisão que Camilo de Oliveira faz sucesso. Na internet, os sketches de ‘Camilo em Sarilhos’, Camilo, o Pendura’, ‘A Loja do Camilo’ ou ‘As Aventuras de Camilo’, entre outros, são muito procurados. ‘Sabadabadu’, emitido em 1981, onde Camilo contracenava com a actriz Ivone Silva, é um dos ví eos mais vistos.
“Na altura, o País parava para ver a série. O meu sonho era fazer outro igual“, sublinha. Apesar de reconhecer as potencialidades desta plataforma, o actor não lhe dá especial atenção: “Já me falaram nisso. E sei que o público também lá vai. É tecnologia moderna, mas nunca tive essa preocupação”.
Figura de referência para o público, Camilo de Oliveira explica que o sucesso do seu trabalho se fica a dever à preocupação que tem em ir “ao encontro do público”, que “não gosta de coisas muito intelectualizadas”. “O meu humor é inspirado nos grandes actores de teatro como António Silva, Vasco Santana e Ribeirinho. Este tipo de humor nunca morre”, diz.
Camilo de Oliveira nasceu em 1924, em Buarcos, Figueira da Foz. Filho de actores, cresceu com o Salão Rentini, companhia de teatro itinerante da família. Cedo começou a representar e logo se destacou como um dos mais populares na arte de fazer rir. Em 2008 comemorou 60 anos de carreira, data que a SIC assinalou com uma homenagem realizada no Teatro Tivoli, em Lisboa. Na sua longa carreira, o popular actor fez 47 revistas, 24 comédias e vários programas de televisão. Ontem, com a chancela da Esfera dos Livros, Camilo lançou a sua biografia: ‘As Regras da Minha Vida. Camilo de Oliveira, o Actor do Povo’. “Só agora aceitei fazê-la porque é preciso ter passado para lançar uma biografia”, diz. Camilo tem dois filhos rapazes e já adultos. E só agora revelou a idade...
“GATOS SÃO INTELIGENTES”
Os Gato Fedorento assinalaram os últimos dois fim-de-ano com programas na RTP e na SIC. Camilo, admirador do humor irreverente do grupo, juntou-se à festa e deixou-se fotografar, em 2008, com os humoristas. “São uns rapazes inteligentes. Trabalham bem”, elogia. Se nas séries em reposição Camilo fez 8,9% de audiência e 23,4% de share, com ‘Camilo, o Presidente’, atinge 10,8% de audiência e 27% de share. ‘Gato Fedorento: Zé Carlos’ teve 11% de audiência e 28,8% de share.
DETALHES: A PAIXÃO PELA PESCA
Quando tem uma folga, Camilo “agarra” na mulher e vai para a pesca. “Vamos para as barragens do Alentejo. Deixo a Paula à sombra de um chaparro e ponho-me a pescar”, conta.
ACTOR NAMORADEIRO
Camilo conduz o carro dos seus sonhos, um BMW Z3, cabriolet. E diz que nunca teve carros senão de dois lugares, porque era “muito namoradeiro”. “Assim, nunca havia lugar para a sogra”.
fonte: site CM
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