Os barcos já nem cheiram a peixe e nem é porque andam mais bem lavados. De madeira ou fibra sintética as poucas embarcações que ainda se deixam ver, pelas margens do Tejo, por aí passam a maior parte do tempo: à margem. As barragens que desregulam o caudal, açudes que não deixam fluir o peixe e até a pesca selvagem e furtiva conduziram à decadência da actividade. A arte tradicional está a acabar e até as mais importantes espécies do rio correm sérios riscos de extinção. Chegaram a ser às centenas as famílias que, por conta própria ou pescadores empregados, se sustentavam com a generosidade do rio. Nos dias que correm contam-se pelos dedos os que teimam em procurar na água o sustento do dia a dia.
Hoje os velhinhos bairros de madeira passaram à história. As barcas de madeira já não se fazem. Os mais antigos vivem de memórias mas resistem para contar. Durante meses, a SIC acompanhou o dia-a-dia dos “Últimos Pescadores do Tejo”. E é isso que mostra na “Reportagem Especial” de hoje, inserida no “Jornal da Noite”.
fonte: site DN
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