Quem quer ser o novo Ídolo?

Já estão encontrados os cerca de duzentos sortudos que conseguiram passar a primeira fase de selecção para a terceira edição do Ídolos. Na terça, quarta e quinta-feira realizam provas em teatro e aí serão escolhidos os dez que, de facto, vão entrar no concurso que a SIC vai estrear em Outubro, com apresentação de Cláudia Vieira e João Manzarra.
Esta semana, muitas lágrimas de alegria e de tristeza passaram pelo Centro de Congressos do Estoril, durante os três dias que durou a última fase desta pré-selecção. Na quarta-feira, o dia até começou bem. Francisco, de 16 anos, o primeiro concorrente do dia, foi também o primeiro a saber que estava apurado para as provas de teatro. "Como fui o primeiro estava bastante nervoso. Mas quando entrei na sala onde o júri nos avalia, passou tudo", contou ao DN. A escolha da versão do Stand by Me de Seal revelou-se acertada e conquistou o júri. Fã incondicional do concurso, tem as duas edições anteriores gravadas em cassetes VHS. Quer estudar canto no Conservatório, mas mantendo as boas notas na escola porque o objectivo é formar-se em arquitectura.
O amigo João, de 19 anos, não teve a mesma sorte. Mas nem por isso a boa disposição abandonou os cerca de dez amigos que os acompanhava. Pertencem todos a um grupo que, através de um projecto escolar, descobriram no canto uma forma diferente de ocupar o tempo. Incluídos no animado grupo, a mãe de Francisco e o mentor do projecto falaram ao DN, sem conseguirem disfarçar o orgulho no trabalho feito pelos alunos e antigos alunos da escola Visconde de Juromenha, em Mem-Martins. "O projecto nasceu há cinco anos", conta o professor José Humberto Correia. "No âmbito de Área de Projecto organizámos o musical Jesus Christ", explica o professor de Matemática. "A partir daí organizámos uma Oficina de Teatro e Expressões que este ano ganhou já a extensão de Escola de Artes", afirmou.
Mas foram mais as caras desiludidas do que as sorridentes as que saíram da sala em que se encontrava o júri formado por Manuel Moura dos Santos, que já participou nas duas edições anteriores do concurso, Roberta Medina, directora do festival Rock in Rio Lisboa, Pedro Boucherie Mendes, director de conteúdos dos canais temáticos da SIC e o músico e actor português Laurent Filipe.
Mesmo antes de entrar na sala, Pedro Carmo não conseguia disfarçar o nervosismo. No "corredor da morte", como é simbolicamente chamado pela produção o último espaço onde os candidatos esperam antes de fazerem a sua prova de canto, mal teve tempo para dizer ao DN que escolhera Roxette dos Police para interpretar e eis que teve de entrar. A porta fechou-se atrás de si, mas no corredor foi possível ouvir parte da canção. Depois o silêncio e, quando a porta de abriu, nem foi preciso que Pedro falasse para se perceber que tivera sorte diferente da de Francisco. "Não deu", disse, "a ansiedade tomou conta de tudo". Apesar do elogio à escolha do tema, "uma música boa, mas perigosa", o júri foi carrasco e leu-lhe uma sentença assassina: "faltou-me musicalidade e parecia um comboio a descarrilar, disseram-me", contou o jovem de Linda-a-Velha, vocalista de uma banda de música cubana. "Mas não estou preocupado nem vou desistir do meu sonho de cantar. Haverá outras oportunidades", rematou.
Destino igual teve Renata, de 18 anos, que veio do Faial para mostrar a sua música. Sem largar a viola, confiante nas suas qualidades, acabou por não conseguir segurar as lágrimas à saída. "O meu estilo não é o que estavam à procura. Mas não vou mudar por causa disso", conta, adiantando que passou o Verão nos Estados Unidos onde apresentou as suas composições a vários produtores e até num programa de televisão. "Parece que o meu estilo é melhor aceite nos Estados Unidos do que aqui", diz ainda no meio do turbilhão de emoções que a decisão do júri lhe causou.
fonte & foto: site DN

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