Ricardo Araújo Pereira, Zé Diogo Quintela, Miguel Góis e Tiago Dores insistem num ponto desde que começaram a fazer programas colados à actualidade: fazem humor, não política. A politóloga Nilza Mouzinho de Sena dá-lhes razão. "Eles não são verdadeiramente oposição, o que eles fazem é a ridicularização da política. Isso não é para se colarem à oposição ou ao exercício governativo. E, no entanto, desde Diz Que é uma Espécie de Magazine, na RTP1 (2006), a Zé Carlos (2008) passando pelo actual Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios, ambos na SIC, é o programa de que se fala no dia seguinte. À segunda-feira quando eles só davam ao domingo.
E por que razão é dos Gato Fedorento que se fala? "A mensagem política que prepondera é subliminar", observa. "Eles analisam de forma episódica, trouxeram para o programa pequenos casos que transformam em grandes casos". Graças ao humor. Se isso resulta em mais esclarecimentos, Nilza Moutinho de Sena não acredita. "O potencial de transmissão informativa, a perspectiva de esclarecimento, acaba por estar reduzida à dimensão light dos conteúdos de humor".
Conteúdos à parte, as audiências da primeira semana de Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios puseram o programa na lista dos mais vistos com uma média de 1600 mil espectadores, superando os resultados dos debates entre os cinco líderes partidários que, repartidos pela RTP1, SIC e TVI, tiveram uma média de 1300 mil espectadores.
A politóloga sublinha que no Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios "o ónus está na surpresa do convidado", em que os políticos jogam tudo numa mistura de "espontaneidade política e de espontaneidade mediática".
Pode um candidato recusar um convite para ir aos Gato Fedorento? "Se todos recusassem não faria mossa, se fossem três, os outros seriam questionados", resume a politóloga, partilhando das teses de vários estudos americanos que defendem que debates e programas satíricos não ganham eleições. "Ajudam a fidelizar, mas não mudam o sentido do voto".
Mas ir aos Gato Fedorento entrou na agenda política. Depois dos líderes, de Paulo Rangel e de Joana Amaral Dias, hoje é a vez de Teixeira dos Santos ser esmiuçado.
E por que razão é dos Gato Fedorento que se fala? "A mensagem política que prepondera é subliminar", observa. "Eles analisam de forma episódica, trouxeram para o programa pequenos casos que transformam em grandes casos". Graças ao humor. Se isso resulta em mais esclarecimentos, Nilza Moutinho de Sena não acredita. "O potencial de transmissão informativa, a perspectiva de esclarecimento, acaba por estar reduzida à dimensão light dos conteúdos de humor".
Conteúdos à parte, as audiências da primeira semana de Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios puseram o programa na lista dos mais vistos com uma média de 1600 mil espectadores, superando os resultados dos debates entre os cinco líderes partidários que, repartidos pela RTP1, SIC e TVI, tiveram uma média de 1300 mil espectadores.
A politóloga sublinha que no Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios "o ónus está na surpresa do convidado", em que os políticos jogam tudo numa mistura de "espontaneidade política e de espontaneidade mediática".
Pode um candidato recusar um convite para ir aos Gato Fedorento? "Se todos recusassem não faria mossa, se fossem três, os outros seriam questionados", resume a politóloga, partilhando das teses de vários estudos americanos que defendem que debates e programas satíricos não ganham eleições. "Ajudam a fidelizar, mas não mudam o sentido do voto".
Mas ir aos Gato Fedorento entrou na agenda política. Depois dos líderes, de Paulo Rangel e de Joana Amaral Dias, hoje é a vez de Teixeira dos Santos ser esmiuçado.
fonte: site JN
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