Ao DN, os também "populares comediantes", "ilustres bobos" ou "sátiros" Zé Diogo Quintela, Miguel Góis, Tiago Dores e Ricardo Araújo Pereira, escusando-se fazer distinções entre convidados, destacam: "houve duas dificuldades principais, uma que já esperávamos, e outra com a qual não contávamos. A primeira é o facto de ser um programa diário que é escrito e apresentado por apenas quatro pessoas. Basta estar com atenção à ficha técnica, por exemplo, do Daily Show [apresentado por Jon Stewart] para perceber que o que nós fizemos foi uma tentativa de suicídio em directo. Em relação às entrevistas, além de sermos nós a escolher os convidados e a escrevermos as perguntas, houve um período inicial em que tivemos que ter algumas reuniões com assessores de alguns convidados para lhes explicar o conceito e o tom das entrevistas que pretendíamos fazer: eminentemente políticas, num estilo provocatório, sem referências a curiosidades sobre a vida privada dos convidados, e sem personagens a entrar para fazerem uma rábula ao vivo. Depois de alguns episódios irem para o ar, deixou de ser preciso fazer essas reuniões, uma vez que passou a ser claro qual era o tom do programa". A segunda dificuldade, acrescenta o grupo, "foi a escassez de acontecimentos políticos, sobretudo nas duas semanas a seguir às eleições autárquicas".
Relativamente a recusas, os Gato Fedorento, que preferem não revelar nomes, respondem que "felizmente, foram muito mais as personalidades que aceitaram o convite do que as que recusaram. Ao todo, terão sido uma dúzia de recusas, mas todas elas comunicadas de forma muito simpática. A razão mais apresentada foi a dificuldade perante um registo humorístico". Quanto ao futuro? Agora vão de férias, enquanto do lado da SIC, Nuno Santos, define este programa como o "acontecimento televisivo do ano". Quanto a novos projectos responde que o timing está do lado dos Gato Fedorento.
fonte: site DN
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