Roberta Medina > "Público é mais implacável que nós"

Roberta Medina garante que nenhum dos elementos do júri construiu uma personagem para "Ídolos". Assume a sua perspectiva de "marketing" e divide os concorrentes em dois blocos: alma e estrutura de artista ou só alma.
A responsável pelo "Rock in Rio" até há bem pouco tempo raramente se expunha publicamente. A partir do momento que integrou o leque do júri da terceira edição de "Ídolos", da chancela da SIC, Roberta Medina tornou-se um rosto mais familiar. A veia de empresária orientou a sua postura, que só não foi mais sensível por escassez de tempo. Quanto à especial empatia com Filipe, um dos finalistas, refere: "É uma história que criaram por piada", até porque diz não ter favoritos.
Como surgiu o convite para júri do programa da SIC?
Foi no fim de Junho. Estou a morar em Portugal há seis anos e meio e foi na altura em que passei mais tempo fora. Pesou o facto de a SIC ser a estação oficial do "Rock in Rio". Ponderei, pois ver a minha cara todos os dias na televisão não me agradava.
Já tinha assistido ao formato português?
A primeira edição foi quando cheguei cá, mas não tive tempo de ver. Conhecia o conceito internacional e o prestígio. Sou empresária e não posso aceitar fazer qualquer coisa.
A fase dos "castings" decorreu a um ritmo alucinante…
Tinha noção do volume de horas, mas não imaginei que fosse tão exaustivo. Estávamos sob uma grande tensão. Mas foi gratificante. O júri deu-se muito bem. Fazíamos palhaçadas o dia inteiro. E essa empatia não transpirou assim tanto para o pequeno ecrã. Fomos mal interpretados.
A Roberta vestiu uma "persona" ou foi genuína?
A Roberta genuína teria levado horas a explicar a uma pessoa o que tinha corrido mal para ela não ficar triste. Por uma questão de sensibilidade humana, nunca seria tão objectiva a falar com ninguém. Mas fui sempre igual a mim própria.
Mas custava lidar com a frustração dos candidatos?
Claro. Porém, não tínhamos tempo para justificações. Trata-se de um conteúdo televisivo. Observei ali erros de atitude graves por parte daqueles jovens, que iam para ali como se fosse o último dia das suas vidas.
Então é mito a ideia do "júri implacável"?
Não dá para sermos de outra maneira. Não é como na vida real. Há regras que temos que seguir. As pessoas em casa são mais implacáveis que nós. Tecem críticas muito mais duras, escarnecem, a diferença é que não têm ninguém para as ouvir.
Que característica dos candidatos mais valorizava?
O carisma. A imagem constrói-se.
Há unidade de medida para o aferir?
É intuitivo. A pessoa tem uma luz própria. Talvez se possa traduzir em magnetismo. Depois vem a atitude.
O seu prisma é taxado pelo marketing…
Sem dúvida. O Laurent (Filipe), por exemplo, é músico. Eu disso não percebo nada. Sobre comunicação sei. Acima de tudo tenho um olhar de público. Avalio a postura, a atitude.
As suas expectativas foram superadas?
Fiquei super feliz com os 15 finalistas. Passaram por ali muitos concorrentes realmente maus. O que achei muito interessante foi o salto dado em relação às outras edições. Nesta eles dançavam, criavam coreografias. Em termos de evolução cultural do país, é um cenário optimista.
Por pertencerem à "geração YouTube"?
Sim. Têm acesso a tudo através da internet. Estão mais informados.
Tem algum favorito?
É muito cedo para se falar nisso. Passou tanta gente em que apostávamos e depois se esborrachou, que não dá para prever. O palco é a prova de fogo. Divido os finalistas em dois blocos. Um que tem muita alma e menos estrutura artística, outro que tem alma e estrutura.
Nenhum dos outros vencedores se transformou numa estrela pop… Porquê?
O programa não faz o ídolo. O programa destaca o potencial do ídolo. O percurso profissional ficará por conta de cada um. A promessa do concurso não é que alguém vá ser a próxima Beyoncé. Isto dá a parte mais difícil que é a visibilidade, mas é só meio caminho andado.
Há "star-quality" nesta edição do concurso de talentos?
Há cinco ou seis que acho que vão ser poderosos. Há que fazer o apelo para o público não votar pela beleza, mas pelo valor. Tem de haver um olhar maduro, profundo. As mulheres que historicamente não votam em mulheres têm de o fazer.
fonte: site JN

Comentários

re disse…
Adoro ver voçê como juri, acho que é correcta quando deve ser,mas também meiga para alguns concorrentes, isso é bom. Parabens e continue assim como voçê é vai ter muitos sucessos no seu futuro.

Beijinhos
António Resende - Ovar
www.umavidasofrida.blogspot.com
Anónimo disse…
está na cara que a roberta gosta do filipe pinto ods idolos nao está?
Anónimo disse…
ola, eu sou a ines guerreiro tenho 13 anos e sou de albernoa(beja). quero dizer que sou muito muito fan da roberta medina, e o meu maior sonho e konhece-la. pesso voa ajuda para realizar o meu sonho. ja enviei menssagens para todos os lados possiveis mas... nada.se me kizerem ajudar teem este numero 917201802. por favor ajudem me!.