Presidente da Ongoing e Mário Crespo trocam acusações

O presidente do grupo de comunicação social Ongoing, Nuno Vasconcellos, disse esta quinta-feira, numa carta enviada aos colaboradores, que os noticiários de Mário Crespo são exemplo de uma "obsessão doentia" que diz existir contra o grupo que lidera, numa nota interna aos funcionários da empresa.
"Não por acaso, nos últimos tempos, temos sido sujeitos aos mais vis e violentos ataques à nossa reputação por alguns meios de comunicação social, fruto de uma obsessão doentia", refere Nuno Vasconcelos na nota interna, a que a agência Lusa teve acesso.
Refira-se que Mário Crespo, em entrevista à revista Visão, fez duras acusações a este grupo."Numa altura em que ninguém tem dinheiro para nada, eles compram televisões, compram acções. (...) De onde vem esta gente?", diz.
Acrescenta Nuno Vasconcelos: "Veja-se a título de exemplo os últimos noticiários em que Mário Crespo questiona reiteradamente e em tom irónico "o que é a Ongoing"? dos que não toleram a diferença, nem tão pouco a concorrência. Não nos surpreende e não nos desmotiva".
Na nota, enviada para comunicar a assinatura de um acordo entre a Ongoing e a DHD, operadora moçambicana de comunicação social, o responsável do grupo diz existirem obstáculos, fruto de um "espírito de inveja" contra a empresa que lidera.
"Sabemos de onde vêm e sabemos o que pretendem. Vêm do espírito de inveja dos que não conseguem admitir que possam existir Grupos de Comunicação Social inovadores e verdadeiramente independentes no seu posicionamento no mercado e altamente competitivos em termos de oferta de produto", considera Nuno Vasconcellos.
"Pretendem impedir que a Ongoing se consolide a nível nacional, tomando a posição daqueles que julgam que o seu estatuto de antiguidade lhes confere privilégios especiais e se fortaleça a nível internacional, concretizando aquilo que muitos sempre ambicionaram e que nunca conseguiram alcançar", acrescenta.
O presidente da Ongoing garante na nota que é falso "tudo o que sobre o grupo Ongoing tem sido afirmado", acrescentando que "os nossos instrumentos nunca serão a mentira ou a ilegalidade".
Vasconcellos reitera que a Ongoing não se encobrirá "atrás de manobras menos claras e de duvidosa legalidade ou das opiniões de terceiros sem qualquer fundamento ou provas para atacar quem quer que seja".
"Somos frontais na afirmação dos nossos objetivos tal como somos frontais naquilo que entendemos que devemos denunciar. Não confundam, por vezes o nosso silêncio, como um sinal de fraqueza ou de refúgio", diz ainda Nuno Vasconcellos.

Mário Crespo responde a Nuno Vasconcelos
Nuno Vasconcelos acusou hoje Mário Crespo de reiteradamente e em tom irónico questionar os seus entrevistados “o que é a Ongoing”, algo que mereceu já a reposta do jornalista da SIC Notícias.
A Ongoing “tem capitais da PT, uma engenharia financeira complexa e, numa altura em que o pais está a atravessar uma fase de grande dificuldade, em que o país não tem dinheiro, parece que a Ongoing tem dinheiro para tudo, como comprar televisões, lançar jornais…”, disse Mário Crespo na apresentação do seu livro "Última Crónica".
Numa comunicação aos funcionários da empresa, Nuno Vasconcelos denunciou os ataques à empresa que lidera, motivados por uma “obsessão doentia dos que não toleram a diferença, nem tão pouco a concorrência”. E apontou o dedo a Mário Crespo, que tem perguntado “reiteradamente e em tom irónico ‘o que é a Ongoing’.
Também na apresentação do seu livro, Crespo comentou o caso do artigo de opinião que não foi publicado no “Jornal de Notícias”. O jornalista conclui que a decisão de não o publicar já estava tomada antes de o director do jornal lhe ter ligado, uma vez que o artigo já não constava no plano do jornal quando ocorreu o telefonema.
fonte: site JdN & JN

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