Nuno Santos esteve na AR

Questionado sobre a natureza da sua conversa com José Sócrates, durante um almoço, e sobre uma possível pressão para a saída de Mário Crespo da SIC, o director de Programas da estação, Nuno Santos, disse esta terça-feira, na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República: “Tratou-se de um encontro casual, ou acidental, num restaurante, entre pessoas que se conhecem, porque partilham o mesmo espaço. Naquela circunstância, a expressão ‘pressão’ parece-me desadequada”.
Nuno Santos acrescentou: “Não partilho conversas que, sendo furtuitas, também são de natureza privada. Não devo entrar no detalhe da conversa.”
Relativamente à crónica de Mário Crespo que o 'Jornal de Notícias' não publicou, Nuno Santos disse que não tomaria essa decisão. “Se eu fosse o director do ‘JN’ publicava aquele texto, porque tem uma assinatura.”
Por outro lado, o director de programas da SIC considera que o director do referido jornal, Leite Pereira, agiu de acordo com o que considera mais adequado tendo em conta a sua linha editorial. "Quanto a isso não emito qualquer juízo. E não considero que esteja em causa um direito constitucional. E a não publicação da crónica acabou por lhe dar mais visibilidade.”
Quanto à relação do Governo com a comunicação social, Nuno Santos diz que “o espaço mediático é hoje muito disputado”, “pelas diferentes forças políticas” e até por quem faz entretenimento. “Todos querem ter o seu espaço e acham que produziram trabalho e querem passar a mensagem” disse.
O director de Programas da SIC acredita, contudo, que hoje essa relação é bem mais clara. “Por exemplo em relação ao ‘Jornal Nacional de Sexta' (TVI), o primeiro-ministro explicou o que achava do jornal no congresso do seu partido. Se fez bem ou mal, não me pronuncio, o que acho que terá mudado é a forma como esse relacionamento é percepcionado pelo cidadão. A questão não está muitas vezes na pressão, a questão tem a ver com a forma como quem está deste lado lida com ela.”
Sobre a venda de 23 por cento da participação da Ongoing na Impresa para comprar 35 por cento da Media Capital, Nuno Santos disse que "não tem informação definitiva sobre o assunto, mas no âmbito da Impresa o dr. Balsemão não está disposto a abdicar da maioria de capital, e portanto a Ongoing teria sempre uma representação minoritária”, pelo que, face à vontade da Ongoing crescer neste meio da televisão, o director de Programas considera “legítimo” por isso “vemos os seus responsáveis viajar pelo Planeta à procura de mercado para o seu negócio".
fonte: site CM
foto: Ag. LUSA

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