A interioridade portuguesa em documentário vencedor
Depois de ‘Ainda há Pastores?', o realizador (e repórter de imagem da SIC) multipremiado Jorge Pelicano, volta ao ‘ataque' com ‘Pare, escute e olhe'. O novo documentário viaja até à Linha do Tua e traz à memória toda a polémica que envolve a edificação da barragem naquela região e a desertificação de Trás-os-Montes.
‘Pare, Escute, Olhe' estreou-se em Outubro no festival DocLisboa - onde conquistou os prémios de Melhor Documentário Português e de Melhor Montagem - e também no Cine Eco, em Seia - onde arrecadou o Grande Prémio do Ambiente, Grande Prémio da Lusofonia, e Prémio Especial da Juventude.
Com imagens belíssimas, Pelicano cruza com mestria a fotografia genial com a capacidade de inquietar (e alertar) o espectador para o Portugal profundo e esquecido por tantos. Património de todos, o Tua é ponto de partida - e chagada - para um alerta de extrema sensibilidade, com alguns trejeitos de provocação.
Ainda que sem o tom 'desbragado' e tendencioso de Michael Moore, Pelicano mescla bem a honestidade transparente das entrevistas às gentes da terra (das estações e apeadeiros da Linha moribunda) com o tom dúbio e controverso - e algumas vezes, à distância do tempo e de distintos poderes no Governo - do poder político.
Sem entrevistar ou 'inquietar' políticos, como faria Moore, o cineasta português cola à verdade do povo os debates acesos da Assembleia da República e deixa ao espectador a palavra final.
No final, fica o alerta, sentido, para aquela região transmontana ‘perdida', o desafio à classe política para se (re)inquietar com o tema do Tua e, sobretudo, a convite velado (na vontade que cria) ao espectador para revisitar o melhor de Portugal...antes que ele desapareça para sempre.
fonte: site CM
Depois de ‘Ainda há Pastores?', o realizador (e repórter de imagem da SIC) multipremiado Jorge Pelicano, volta ao ‘ataque' com ‘Pare, escute e olhe'. O novo documentário viaja até à Linha do Tua e traz à memória toda a polémica que envolve a edificação da barragem naquela região e a desertificação de Trás-os-Montes.
‘Pare, Escute, Olhe' estreou-se em Outubro no festival DocLisboa - onde conquistou os prémios de Melhor Documentário Português e de Melhor Montagem - e também no Cine Eco, em Seia - onde arrecadou o Grande Prémio do Ambiente, Grande Prémio da Lusofonia, e Prémio Especial da Juventude.
Com imagens belíssimas, Pelicano cruza com mestria a fotografia genial com a capacidade de inquietar (e alertar) o espectador para o Portugal profundo e esquecido por tantos. Património de todos, o Tua é ponto de partida - e chagada - para um alerta de extrema sensibilidade, com alguns trejeitos de provocação.
Ainda que sem o tom 'desbragado' e tendencioso de Michael Moore, Pelicano mescla bem a honestidade transparente das entrevistas às gentes da terra (das estações e apeadeiros da Linha moribunda) com o tom dúbio e controverso - e algumas vezes, à distância do tempo e de distintos poderes no Governo - do poder político.
Sem entrevistar ou 'inquietar' políticos, como faria Moore, o cineasta português cola à verdade do povo os debates acesos da Assembleia da República e deixa ao espectador a palavra final.
No final, fica o alerta, sentido, para aquela região transmontana ‘perdida', o desafio à classe política para se (re)inquietar com o tema do Tua e, sobretudo, a convite velado (na vontade que cria) ao espectador para revisitar o melhor de Portugal...antes que ele desapareça para sempre.
fonte: site CM
Comentários