A utopia da televisão para Manzarra

João Manzarra regressa, hoje, ao horário nobre da SIC, com "Achas que sabes Dançar?", um programa caça-talentos ao jeito de "Ídolos". É a sua estreia a solo.
João Manzarra volta a entrar-nos casa adentro, a partir de hoje, com "Achas que sabes Dançar?", o novo programa caça-talentos da SIC, idêntico àquele que o celebrizou (impossível não falar em "Ídolos"). Mas, desta vez, vem sozinho. Sem rede. Por agora, o que os portugueses vão ver é uma amostra do que aconteceu nos "castings". Ao JN, Manzarra disse ter ficado "impressionado com o talento e a dedicação de muitos candidatos e com os truques de magia de um em particular". Fê-lo por e-mail, tal é a azáfama. Nada que o apresentador, de 24 anos, não tenha um dia projectado: "A televisão era uma meta muito utópica que aconteceu".
Disse a Filomena Cautela, no programa "5 para a Meia-Noite", que se deixa entusiasmar por guiões. E em "Achas que sabes Dançar?", o que o entusiasmou?
Foram vários os estímulos de entusiasmo: uma nova equipa, um formato de grande sucesso, bailarinas tonificadas e o desafio de apresentar sozinho pela primeira vez.
Já referiu que, agora, se algo correr mal, não pode atirar as culpas para cima de outra pessoa. Alguma vez se tinha imaginado a conduzir um programa, sozinho, num canal generalista?
Sem ser uma obsessão, confesso que já tinha pensado no assunto.
É o seu maior desafio profissional?
Não posso classificar [o programa "Achas que sabes Dançar?"] como sendo o maior desafio de todos. Sem nunca ter feito televisão, a dimensão de um "Curto Circuito" é avassaladora, e saltar da SIC Radical para [a SIC, para] apresentar um "Ídolos", não é pêra doce. Mas sim, é um grande desafio que permite, dentro de alguns limites, moldar o programa à minha imagem.
É desta que vai poder usar sapatilhas com fato e gravata?
Dia sim, dia não, deito-me a pensar nessa questão. Acho muito possível.
Pedro Boucherie Mendes declarou-o o apresentador de TV revelação de 2009, em directo, numa gala de "Ídolos". É difícil arcar com este título? Mudou alguma coisa?
Antes revelação que desilusão. É a opinião de um profissional e amigo que admiro. Fiquei feliz porque sei que é uma pessoa bastante exigente, mas não se pode negar o facto de não terem aparecido muitas caras novas em 2009. O que mudou, verdadeiramente, é que agora fazem-me muitas vezes essa pergunta.
Qual a sua relação com a dança? Tem dotes que desconheçamos?
É uma relação antiga, que vem dos tempos em que chapinhava no líquido amiótico. Tenho dotes desconhecidos, para o bem e para o mal.
Tem aprendido alguma coisa com os concorrentes, na fase de "castings"?
A fase de audições tem sido riquíssima em estilos, moda, técnica. A aprendizagem é constante.
Alguma coisa do que viu, até ao momento, o impressionou?
Fiquei impressionado com o talento e dedicação de muitos dos candidatos e com os truques de magia de um em particular.
Quais são as suas expectativas, em relação a "Achas que sabes dançar"? Estaremos diante de um fenómeno idêntico ao "Ídolos"?
Acredito num programa de sucesso mas num fenómeno diferente do "Ídolos".
A sua popularidade disparou, com o "Ídolos". Há uma face mais negra nesta fama? Já manifestou algum desconforto quanto ao facto de alguma imprensa publicar conteúdos pessoais retirados da sua página do Facebook.
Quando a dita "fama" é fruto de trabalho, não existe nada de negro. O que incomoda é a fama por especulação, mentira e invasão da privacidade. Nessas situações, tento proteger-me ao máximo.
Antes de ser apresentador de televisão, trabalhou numa agência de viagens. Encara a possibilidade de, um dia, voltar ao ramo?
Sim. Numa agência de viagens damos muitas voltas, como na vida. No entanto, o meu desejo é construir uma carreira como apresentador.
A televisão era uma meta ou, simplesmente, aconteceu?
Era uma meta muito utópica que aconteceu.
fonte: site JN

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