Alcides Vieira fala das apostas na Informação

- Que novidades estão a preparar para a grelha de Setembro?
A partir de dia 13 vamos ter mais informação. Além das notícias do dia, vamos ter diariamente uma oferta diversificada, como uma espécie de complemento ao jornal.
- Em que vão consistir esses espaços?
Vamos reforçar algumas rubricas e vamos criar outras, assim como um conjunto de especiais de informação.
- De segunda a domingo em que vai consistir a grelha?
À segunda vamos ter um espaço integrado no jornal cujo rosto é o Miguel Sousa Tavares. Vai analisar e comentar notícias de actualidade, notícias de investigação SIC, num espaço de meia hora. A terça e quinta vamos reservar para especiais de informação, que resultem de temas que estão na agenda mediática, quer em termos políticos, económicos e sociais, como histórias de investigação nossas. À quarta vamos manter e renovar as “Histórias do Mundo”, apresentado pelo Augusto Madureira. À sexta vamos continuar a apostar no “Ir é o melhor remédio” e estamos a trabalhar em outro formato dentro da mesma linha.
- E para os fins-de-semana?
Ao sábado vamos continuar com o “Perdidos e Achados”, que pretende fazer um ponto de situação de histórias que se perderam no tempo. Ao domingo teremos a “Grande Reportagem”. Além disso vamos ter o “Futuro Hoje”, que esteve parado uns tempos. O repórter responsável é o Lourenço Medeiros e é uma rubrica fixa ao domingo. E temos ainda o “Terra Alerta”, ligado à biodiversidade. Vamos estrear 13 programas na SIC Notícias e parte das reportagens vão passar também na SIC.
- Uma aposta em conteúdos diversificados...
Sim. Estes espaços acabam por tocar as várias áreas de intervenção jornalística. Desde as tecnologias, ao ambiente, roteiros, histórias que ficaram sem continuidade. É uma diversidade que complementa a actualidade informativa regular.
- E fora dos espaços de noticiário, estão a preparar novas ofertas?
Em Outubro temos o regresso das “Histórias com gente dentro”, com a Ana Sofia Fonseca. São dez programas e em Outubro estreiam cinco, com carácter semanal. São reportagens de meia hora a seguir ao jornal da noite, são vidas cruzadas de portugueses anónimos. Também em Outubro vamos fazer oito eventos a que demos o título de “Condenados”. São histórias de vida de quatro homens condenados. A Sofia Pinto Coelho é a repórter que fez esse trabalho que retrata a vida desses condenados e os problemas que a própria investigação criminal e os julgamentos levantaram nesses casos. É uma incursão nos problemas da justiça. São reportagens de 40 minutos que serão exibidas num dia e no dia seguinte serão analisados ao pormenor em especiais de informação. Quem vai conduzir estes especiais é o Miguel Sousa Tavares.
- Com o fim de Sinais de Fogo perderam esse espaço fixo de entrevista. Estão a ponderar alguma aposta neste campo?
Um especial de informação pode ser uma entrevista...
- Perguntava se vão ter um espaço fixo e regular...
Temos especiais de informação dois dias por semana, e haverá muitos em que será entrevista. Não queremos ter uma grelha fechada e previsível. O correcto é ser o jornalismo a reagir aos assuntos de actualidade, seja através de uma entrevista de um debate cujo formato e o dia não têm de estar predefinidos. Os factos é que o determinam. Fechar uma grelha é redutor.
- Foi essa lógica que levou ao fim de 'Sinais de Fogo'?
Estava previsto até ao Verão e esta ideia de refazer a grelha em função dos últimos quatro meses do ano, que vão ser muito ricos em termos informativos, temos uma conjuntura económico e social especifica, uma nova fase da vida política que vai começar agora e que culminará com as presidenciais já em Janeiro, temos o Orçamento de Estado...Foi em função disso que definimos esta estratégia.
- Isso significa que 'Sinais de Fogo' poderá voltar, por exemplo, em 2011?
Sim. É um formato inovador e poderá voltar.
- Não foi então uma questão de audiências ou de não estarem satisfeitos com o programa?
Não, o formato cumpriu completamente. Foi inovador, com qualidade. Cumpriu os objectivos a que se propôs.
- Estão a preparar algum programa especifico para Hernâni Carvalho?
O Hernâni Carvalho faz parte da direcção de programas, será ela a determinar as funções na SIC do Hernâni Carvalho.
- Não terá, então, presença no espaço informativo?
Para já não. Terá de perguntar ao Nuno Santos o que é que ele irá fazer.
- E na informação vão ter novos comentadores?
Temos um naipe alargado de comentadores, que tanto vão à SIC como à SIC Notícias. Ao alargar o espaço de informação no ‘prime-time’ é natural que haja mais comentadores a passar pela SIC generalista.
- Depois do Mundial, Santana Lopes poderá voltar a fazer comentário na SIC?
Pode haver situações pontuais em função dos temas a fazer convites a pessoas mais próximas desses temas, mais qualificadas...
- Algum nome em particular?
Temos um conjunto de pessoas em vista....
- Em termos de jornalistas, estão a pensar em ir ao mercado para fazer mais alguma aposta?
Não está nos nossos planos, temos uma equipa suficiente para responder com qualidade aos desafios que temos.
- Gostava de contar com Manuela Moura Guedes?
Não queria comentar a questão da Manuela Moura Guedes porque sabemos a situação em que ela se encontra e a relação que tem com a TVI.
- Mas é verdade que lhe foi feito um convite?
Eu não fiz convite nenhum.
- E como viu as notícias que falavam da hipótese de Rodrigo Guedes de Carvalho poder estar de saída para a TVI?
Foi um fait-divert de Verão. Não passou disso.
- O Rodrigo não falou consigo sobre essa hipótese?
Rimo-nos quando vimos a notícia no jornal.
- Com as novidades de informação, vão passar a ter cerca de 90 minutos de informação em ‘prime-time’. E nos outros horários?
Vamos fazer algumas intervenções para melhorar os outros espaços. A edição da manhã, que vai das 06h00 às 10h00, regressa no dia 13 com a reabertura do ano escolar. Depois teremos um espaço, que pretendemos melhorar, na hora de almoço, que é o Primeiro Jornal. Mas o grande esforço e reforço no sentido de responder aos desafios da actualidade é no ‘prime-time’. Dar mais tempo nobre à informação é muito importante, sobretudo neste conjuntura.
- A fusão das redacções de informação da SIC com a SIC Notícias já tem alguns anos. Que balanço faz?
Ganhamos muito. A gestão integrada dos conteúdos e dos meios levou a que houvesse maior racionalidade do trabalho. Maior preocupação em discutir de uma forma integrada o que se faz e a forma como se faz. O balanço é extremamente positivo. A prova é que todas as redacções estão a fazer o mesmo. Unir esforços e meios no sentido de responder na hora às solicitações dos públicos, que exigem informação a qualquer hora e em qualquer momento. Já não são os telejornais a determinar os hábitos de consumo de informação dos telespectadores, são os públicos a determinar quando querem a informação e as redacções têm de estar preparadas para isso. Quem não tiver essa capacidade para responder na hora vai perder o comboio da competitividade,
- A informação da SIC não acaba por ser afectada pelo facto da grade maioria das peças ser exibida na SIC Notícias?
Não. Se não passasse na SIC Notícias passaria em outro canal da concorrência. A informação não se guarda na gaveta. As redacções têm de estar preparadas para informar as pessoas minuto a minuto. Se me pergunta se a SIC sofreu em auditório com a SIC Notícias eu digo sim e não. O que temos feito é adequar a oferta à disponibilidade ao comportamento de consumo dos públicos. Damos informação mais rápida e mais ágil ao longo do dia na SIC Notícias e tentamos parar um pouco para analisar e enquadrar as notícias à noite. Por isso é que os jornais cresceram em termos de tempo.
- Como funciona a ligação da direcção de informação com a de programas?
Funciona bem. Temos duas a três reuniões por semana, além de outras que possam acontecer ao longo do dia. Na sexta-feira, por causa da Casa Pia, eu e o Nuno Santos falámos umas dez vezes, porque tínhamos que ajustar o espaço da informação com a grelha de programas, que por vezes são feitos ao telefone minuto a minuto. Depois há as reuniões de estratégia, lideradas pelo director-geral [Luís Marques].
- Foi numa dessas reuniões que surgiu a ideia da passagem da Conceição Lino para a equipa de programação?
Foi. Surgiu depois de algumas conversas...
- Como vê a passagem de uma jornalista para um programa de entretenimento?
Foi uma ideia que aplaudi e incentivei desde o início. Por duas razões. Primeiro, o programa que ela vai fazer incorpora um conjunto de áreas que ela tem acompanhado ao longo da sua carreira. O 'Nós por cá' acaba por ser transposto para o novo programa. Depois, conhecendo a Conceição Lino, trabalho com ela há 18 anos, percebo que tem capacidade, perfil e qualificações para fazer aquele programa.
- É uma mais valia? Não seria mais útil na equipa de informação?
Não ponho as coisas assim. É uma melhoria para a estação. Ela vai responder de forma muito positiva ao desafio e vai revelar uma faceta que sei que ela tem e que nunca revelou porque teve sempre agarrada ao “constrangimento” do jornalismo. Agora tem um campo mais aberto e essa sua faceta nova vai surpreender, não tenho duvidas.
- Disse que é uma melhoria para a estação. Significa que não existem duas SIC, uma de informação outra de programação?
Não há informação nem programas, há uma estação que tem uma estratégia, uma identidade e uma marca que é informação e programas. A SIC é o resultado disso, não há divisões...
- Mas muitas vezes há a imagem que há duas televisões...
Mas por vezes a imagem que passa não corresponde à realidade. Há uma realidade, que é a SIC que é definida estrategicamente nas reuniões...
- Francisco Pinto Balsemão também participa nessas reuniões?
Temos uma administração que dá liberdade total de trabalho às pessoas. Temos uma direcção geral que faz a ponte entre as várias direcções.
- Falo de Francisco Pinto Balsemão porque sabemos que ele nunca despiu a capa de jornalista...
Desde que sou director de informação, fui eu próprio que pedi ao Dr. Balsemão para ele uma vez por mês, conhecendo a faceta dele de jornalista, o bichinho que não desaparece, o que ele fazia de vez em quando comigo, de forma mais formal ou informal, de discutir coisas de actualidade, se não seria interessante alargarmos esse debate ao maior número possível de pessoas da redacção. Hoje [segunda-feira] está marcada uma reunião mensal que ele tem com a redacção. É uma conversa muito informal com o administrador, que faz o papel de jornalista. O sentido da reunião é discutir a actualidade, a política internacional, é quase uma tertúlia e essa reunião manteve-se ao longo destes anos todos. Depois há reuniões semanais, onde falamos do país e do mundo, de discussão de temas.
- A opinião dele acaba por ter alguma influência na linha que seguem?
Encaramos essa participação do Dr. Balsemão no sentido de uma conversa entre amigos, e se houver alguma boa sugestão...da mesma maneira que aproveitamos uma boa sugestão de trabalho numa conversa que temos com um politico, um economista, com um amigo...
- Está na SIC desde a sua fundação. Continua motivado e a acreditar neste projecto?
Há quem diga que sou o mais velho director do grupo... ainda não fiz as contas... enquanto as pessoas gostarem do que estão a fazer, sentirem que estão a ser úteis e a acrescentar valor ao trabalho, enquanto me sentir nesse papel...eu sou jornalista, não sou director, estou na direcção. Sou jornalista. Tanto faço uma reunião com a estrutura como passo três horas a discutir um projecto com um repórter.
- O que prefere, estar no seu gabinete ou na redacção?
90% do tempo passo fora do gabinete, aproveito de manhã para ler jornais e responder a e-mails. É no meio dos jornalistas que me sinto bem. Os directores são jornalistas e não podem separar-se disso.
- O imediatismo provocado pela Internet e pelos canais de notícias 24 horas por dia não veio retirar espaço e jornalistas que se dediquem a outros formatos, como a reportagem e a investigação?
As novas tecnologias permitiram maior facilidade de acesso à informação por parte dos públicos, nem sempre a agilidade na resposta corresponde a qualidade, porque a pressa de dar é inimiga, na maior parte das vezes, de dar bem. Portanto, é um grande desafio que se põe às redacções, que são muito rejuvenescidas, há cada vez menos cabelos brancos nas redacções...
- É uma profissão de desgaste rápido...
Em Portugal, porque lá fora não é assim. Nos EUA vemos as televisões, sejam locais ou nacionais, e a grande parte dos repórteres têm cabelos brancos, significam experiência, maturidade, enquadramento das coisas... em Portugal, desde os repórteres aos pivots há uma grande aposta na juventude. Os jornalistas mais experimentados cansam-se depressa e retiram-se. Outros refugiam-se em cargos mais de estrutura ou burocráticos. Depois, nem sempre as redacções estão preparadas para garantir de forma permanente as estruturas fortes em termos de qualificações. Refugiando-se por vezes em estagiários ou em pessoas muito jovens. Perde-se memória, experiência e cabelos brancos...a juventude faz muita falta nas redacções, mas defendo redacções mistas, para que haja uma passagem de testemunho, de conhecimentos no dia-a-dia. A troca de experiências vai-se perdendo porque houve uma grande explosão dos meios de comunicação social com as privatizações, depois vieram os canais privados...e a juventude ficou em maioria. Hoje quem domina as redacções são pessoas com 30 anos e dez anos de experiência é pouco. Quem souber cativar e manter a experiência e ter a irreverência da juventude no mesmo espaço de trabalho...aí é que está a virtude, nesta mistura.
- Se não tivesse condicionalismos financeiros o que mudava na informação da SIC?
Não me posso queixar do orçamento, que nos permite fazer o essencial. Mas é evidente que são limitados, aqui e em qualquer lado. É evidente, que se os meios fossem mais folgados, determinados tipos de trabalho de investigação jornalística que podem demorar anos podiam ser feitos. O jornalismo de investigação é mais caro, porque é mais difícil. É mais difícil hoje do que quando eu comecei há mais de 30 anos. Porque exige repórteres altamente qualificados, persistência, tempo e dinheiro. E podemos apostar e não dar em nada. Com a crise que passou pelos media, este tipo de trabalhos não são uma prioridade de investimento, o que não quer dizer que não se façam. Continuamos com a grande reportagem. E hoje em dia é mais difícil fazer jornalismos de investigação, há uma defesa das fontes que torna mais difícil o acesso à informação. Hoje é mais difícil investigar que há 30 anos. Nessa altura boa parte da informação chegava as redacções não trabalhada, havia um exercício de direito de cidadania das pessoas que estavam em contacto com os factos. Hoje isso é mais difícil. É raro que aconteça. O chamado crime de colarinho branco cada vez está mais difícil de investigar, porque o espaço onde esse tipo de actos se prática acaba por estar mais sofisticado e por outro lado as pessoas que possam estar envolvidas ou ter conhecimento dos factos não o revelam, por receio. O exercício de direito de cidadania foi-se perdendo e isso reflecte-se no próprio jornalismo. Por outro lado o acesso às fontes está mais dificultado porque criou-se uma intermediação entre os factos e os protagonistas e as redacções, com as agências e os departamentos de comunicação. Isto exige uma maior preparação das redacções.
- Como vê os seus concorrentes no campo da informação?
Com respeito, respeito o trabalho da RTP e da TVI. Não subestimo o trabalho dos media em geral e da televisão em particular.
- A informação da SIC é melhor?
Isso não tenho duvidas, basta fazer uma análise de conteúdos ao que cada um os canais faz. A SIC tem uma oferta muito mais aberta e diversificada, quem em termos de género quer de temas.
- No caso dos canais cabo, partilha da ideia de Francisco Pinto Balsemão de que a RTPN faz concorrência desleal?
A RTPN está assente numa estrutura financeira da própria RTP, não tem recursos próprios que garantam a sobrevivência, vive das receitas do Orçamento de Estado. O orçamento da RTP alimenta a RTPN, qualquer analista de audiências e de publicidade lhe dirá que a audiência da RTPN não dá para alimentar os custos operacionais. Parece-me óbvio. Nesse sentido acho que é concorrência desleal. E o que é que a RTPN oferece que a SIC Notícias não tem? O que é que a RTPN tem a mais que justifique esse gasto público? É a pergunta que se põe. Esse é o grande problema dos canais públicos. Devia haver um consenso sobre o que é o serviço público de televisão e a partir daí arranjar formas de financiamento. Devia haver uma comissão de serviço público. O canal público deve ser alternativa aos privados, não pode é jogar no mesmo campo e ainda por cima com dinheiros privados e públicos. O canal público deve oferecer o que não há no mercado...
- Dar o que mais ninguém dá?
Ser uma alternativa. Dar o que os privados não conseguem dar. Há muitas áreas de intervenção social que não são representados nos privados, há muita área de carácter cultural, e não falo se cultura elitista...há uma grande intervenção que um canal público pode ter. Se um canal privado paga pelo futebol, porque não investir em outros programas? Mas não defendo que não haja canais públicos, devem existir mas com atribuições especificas. Um bom ponto de partida seria definir o serviço público tendo em conta o que é o serviço privado. À partida, se o serviço público não tivesse esses constrangimentos de audiências, se calhar teria mais audiência. O grande problema do serviço público é ter de lutar pelas audiências numa perspectiva privada.
- E a TVI24, o que acha deste canal?
Não faço comentários qualitativos à concorrência. Deixo essa análise para o telespectador. Agora, a SIC notícias tem subido independentemente da concorrência.
- Este ano foi lançado mais um canal de notícias, neste caso dedicado à economia. Há espaço para tanta informação 24 horas por dia?
Espaço há porque estão no ar, agora a forma como são financiados não sei..a SIC Notícias é um projecto vencedor, consolidado e que cresce de ano a ano. Fazendo uma análise às audiências, a RTPN não tem subido, a TVI 24 também. Estão estabilizadas. A SIC Notícias subiu. Pelos vistos há mercado, agora temos de fazer uma análise financeira aos canais. Uma coisa é haver mercado com projectos que vivam por si, que tenham capacidade de auto-financiamento. Outra é viver de uma forma artificial e não sei se esses canais vivem assim.
- Como viu o acompanhamento do caso Casa Pia?
O processo Casa Pia foi dos mais polémicos, mais mediatizado e que maior influência teve na relação do poder político e o judicial, na relação entre o poder judicial, politico e os media. Dada a especificidade do próprio caso. A sociedade não estava habituada a lidar com este tipo de situações. Este processo tem ramificações incríveis, a nível sociológico, psiquiátrico, politico, judicial e do papel dos media. O balanço geral é extremamente positivo para os media, embora possam ter havido exageros. Foram os media que alertaram para o caso, denunciaram a situação.
- E o que achou da cobertura no dia da leitura da sentença?
Comedida, tecnicamente não teve erros. Sensata. Demos o devido destaque, sem exagerar. Não fazia sentido que um processo que durou oito anos, que reuniu o debate da sociedade portuguesa, que causou tanto debate em torno da justiça....no dia da decisão falhar a cobertura ou dar-lhe pouco destaque. Foi sensata nos termos, não vi exageros. Soubemos reunir especialistas que enquadraram questões que o caso levantou. Foi informativa e formativa e quando é assim o trabalho é bom. reunir especialistas que enquadraram questões que o caso levantou. Foi informativa e formativa e quando é assim o trabalho é bom.
PERFIL
Alcides Vieira é licenciado em Sociologia e conta já com mais de 30 anos de carreira. Esteve cinco anos em jornais e revistas e dez na RTP. Está na SIC desde a formação do canal e assumiu a direcção de Informação em 2001.

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