O próximo programa de culinária da SIC Mulher dá pelo nome: “Chakall e Pulga”. A Pulga é o nome da cadela do chef argentino que o acompanha em périplo pelo país com o objectivo de mostrar o melhor da cozinha tradicional, junto com suas gentes e músicas.
“Chama-se assim por andarmos os dois em visita de Norte a Sul”, começa por explicar Chakall. “A Pulga é uma cadela gourmet”, atira, em jeito de piada. “Depois de darmos a conhecer um prato típico, sugerimos outros de confecção mais requintada, feitos a partir dos ingredientes da zona”, continua. “Por fim, acaba-se com a actuação de um grupo musical em grande festa, a fazer lembrar os filmes do Kusturica”.
Chakall estava no domingo em Serpa, mas nos últimos dias estacionou a sua mota cozinha no Norte, à beira do Douro, onde está a gravar alguns episódios para a série com estreia marcada para esta sexta-feira. Ontem gravou na Pousada Solar da Rede, a quatro quilómetros de Mesão Frio. É sempre uma animação, conta.
“Em alguns locais no Interior não se passa nada e a nossa passagem é sempre um acontecimento. Somos muito bem recebidos”.
Refuta a ideia de que estará a seguir as pisadas de Jamie Oliver, o britânico que depois de fazer sucesso no seu país, onde alterou a ementa das escolas públicas, por exemplo, ganhou reconhecimento nos Estados Unidos, com uma série destinada a ensinar os norte-americanos a pôr de lado a comida calórica em detrimento de refeições mais equilibradas. “O nosso conceito é um bocadinho menos convencional, é bem mais descontraído”, contrapõe.
Chakall adora a cozinha portuguesa e lamenta que os portugueses não a conheçam bem. “Aprecio muito a variedade. É um país muito pequeno com cozinhados completamente diferentes”. Da sua eleição, fazem parte preparados de peixes simples ou os ensopados mais elaborados e ainda o cabrito. A sua avaliação dos doces suscita-lhe, porém, um reparo: no geral, abusam do açúcar. Em compensação, detecta-lhes paladares fantásticos.
Além de chef, Chakall é o produtor executivo do programa, ainda que conte com a ajuda da Panavideo. Se não é desta forma não se fazem programas de culinária em Portugal! Conta que a proposta não cativou os canais em aberto que contactou e isto apesar da visão cultural do conceito, como procurou realçar.
“Ao contrário da Alemanha, Inglaterra, e outros países europeus, onde os programas de culinária são exibidos em horário nobre, em Portugal, ainda se ficam pelos canais do cabo”. Conclui: “(Estes formatos) foram postos um bocado de lado, não estão na moda. As estações preferem investir em programas fáceis de digerir, acho eu”.
De qualquer modo, lá fora não é assim e a prová-lo a proposta do National Geographic para produzir uma série nos mesmos moldes em território chinês. “No início de 2011, vou para a China percorrer o país para fazer um programa”.
Antes de ser chef, Chakall, que nasceu em Buenos Aires em 1972, estudou jornalismo. A sua vida deu entretanto muitas voltas. Em 1997, seduzido pelo Sol e as praias foi-se deixando ficar em Portugal. Por causa da língua, arranjar emprego como jornalista revelou-se difícil e deu por si a trabalhar num restaurante e a retomar um gosto de criança: ser criativo na cozinha.
“Chama-se assim por andarmos os dois em visita de Norte a Sul”, começa por explicar Chakall. “A Pulga é uma cadela gourmet”, atira, em jeito de piada. “Depois de darmos a conhecer um prato típico, sugerimos outros de confecção mais requintada, feitos a partir dos ingredientes da zona”, continua. “Por fim, acaba-se com a actuação de um grupo musical em grande festa, a fazer lembrar os filmes do Kusturica”.
Chakall estava no domingo em Serpa, mas nos últimos dias estacionou a sua mota cozinha no Norte, à beira do Douro, onde está a gravar alguns episódios para a série com estreia marcada para esta sexta-feira. Ontem gravou na Pousada Solar da Rede, a quatro quilómetros de Mesão Frio. É sempre uma animação, conta.
“Em alguns locais no Interior não se passa nada e a nossa passagem é sempre um acontecimento. Somos muito bem recebidos”.
Refuta a ideia de que estará a seguir as pisadas de Jamie Oliver, o britânico que depois de fazer sucesso no seu país, onde alterou a ementa das escolas públicas, por exemplo, ganhou reconhecimento nos Estados Unidos, com uma série destinada a ensinar os norte-americanos a pôr de lado a comida calórica em detrimento de refeições mais equilibradas. “O nosso conceito é um bocadinho menos convencional, é bem mais descontraído”, contrapõe.
Chakall adora a cozinha portuguesa e lamenta que os portugueses não a conheçam bem. “Aprecio muito a variedade. É um país muito pequeno com cozinhados completamente diferentes”. Da sua eleição, fazem parte preparados de peixes simples ou os ensopados mais elaborados e ainda o cabrito. A sua avaliação dos doces suscita-lhe, porém, um reparo: no geral, abusam do açúcar. Em compensação, detecta-lhes paladares fantásticos.
Além de chef, Chakall é o produtor executivo do programa, ainda que conte com a ajuda da Panavideo. Se não é desta forma não se fazem programas de culinária em Portugal! Conta que a proposta não cativou os canais em aberto que contactou e isto apesar da visão cultural do conceito, como procurou realçar.
“Ao contrário da Alemanha, Inglaterra, e outros países europeus, onde os programas de culinária são exibidos em horário nobre, em Portugal, ainda se ficam pelos canais do cabo”. Conclui: “(Estes formatos) foram postos um bocado de lado, não estão na moda. As estações preferem investir em programas fáceis de digerir, acho eu”.
De qualquer modo, lá fora não é assim e a prová-lo a proposta do National Geographic para produzir uma série nos mesmos moldes em território chinês. “No início de 2011, vou para a China percorrer o país para fazer um programa”.
Antes de ser chef, Chakall, que nasceu em Buenos Aires em 1972, estudou jornalismo. A sua vida deu entretanto muitas voltas. Em 1997, seduzido pelo Sol e as praias foi-se deixando ficar em Portugal. Por causa da língua, arranjar emprego como jornalista revelou-se difícil e deu por si a trabalhar num restaurante e a retomar um gosto de criança: ser criativo na cozinha.
JN
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