Entrevista a Cláudia Vieira
A fase do teatro do ‘Ídolos' (SIC) já começou. A 7 de Novembro arrancam as galas. Quais vão ser as suas principais preocupações?
Em primeiro lugar, conseguir estar à vontade, pois sou muito ansiosa e fico muito nervosa. Não posso estar tão tensa em directo, porque isso nota-se. Por isso, essa vai ser uma das minhas grandes lutas. Acima de tudo, tenho de estar mais confiante e o facto de haver uma simbiose diferente entre mim e o João [Manzarra] vai, certamente, ajudar-me a estar mais descontraída.
Qual é o maior receio sempre que sobe ao palco?
Que me faltem as palavras. É verdade que temos teleponto e um guião, mas há sempre coisas que surgem e que não estavam preparadas. Tenho muito medo de ter um lapso de memória. E, claro, há sempre o receio, típico, de cair.
Esse era o seu principal receio quando estava grávida?
Muitas pessoas criticaram-me por usar saltos altos, outras perguntavam-me se não tinha medo de cair pelas escadas. Como viram, não aconteceu nada.
O facto de competir com Sílvia Alberto (‘Operação Triunfo', RTP 1) e Júlia Pinheiro (‘Casa dos Segredos', TVI) aos domingos também a deixa nervosa?
Sinceramente, não me preocupo muito com isso. Admiro bastante o trabalho da Sílvia [Alberto], que já apresentou o ‘Ídolos', e a Júlia [Pinheiro] é uma referência. Mas só tenho de me preocupar em dar o meu melhor e ser fiel a mim mesma e ao formato. É claro que tenho a preocupação de cativar o telespectador, mas as audiências não são uma prioridade. Contudo, é bom saber que as coisas correram bem.
Mas segue as audiências?
Posso não conhecê-las logo na segunda-feira, ou até na terça. Mas habitualmente sim.
Tem curiosidade em ver a ‘Casa dos Segredos'?
Tenho sempre curiosidade de ver o que se passa na televisão em geral. Mas o estilo de programa em si não me prende.
Continua a gravar as galas do ‘Ídolos' para ver depois?
Quando comecei a apresentar o programa fazia questão de ver as primeiras emissões, para poder analisar o meu trabalho. Ficava irritada com muitas coisas e tentava corrigi-las. Mas o tempo foi passando e comecei a ver menos, pois deixei de sentir essa necessidade.
Foi mãe há seis meses. Como foi voltar ao trabalho?
A Maria nasceu de 35 semanas e no primeiro mês de vida não saiu de casa. O facto de estar fechada, quando estava acostumada a um ritmo aceleradíssimo, fez-me querer voltar a trabalhar rapidamente. Foi muito bom voltar. Não estar cem por cento dedicada à Maria custou um pouco. Acho que é inevitável. Agora, já consigo gerir melhor o meu tempo, até porque a fase dos castings, que ocupava mais tempo, terminou.
O que é que a maternidade mudou em si?
Há muita gente que diz que ser mãe nos torna mais sérias. Acho que não é uma questão de ficar mais séria, mas de encarar a vida de outra forma. Tenho um sentido de responsabilidade completamente diferente, agora que tenho uma criança que depende de mim e à qual faço questão de dar a melhor educação possível e garantir toda a protecção e estabilidade. Nesse sentido, há uma procura constante do que é mais correcto. Além disso, descobri um amor totalmente diferente daquele que conhecia até agora. É mágico. De resto, acho que continuo com a mesma personalidade.
Para quando o regresso à representação?
Gostava muito de fazer cinema e teatro, mas estou condicionada pela Maria. Sempre levei a minha vida a fazer várias coisas ao mesmo tempo, num ritmo alucinante. Agora quero levar as coisas com mais calma. Quero voltar a representar rapidamente, mas não sei o que vai surgir. Talvez quando ‘Ídolos' terminar. Há muita coisa falada, incluindo teatro.
Fazer uma novela está fora de questão?
É o que exige mais tempo, mas é a oportunidade que aparece com mais frequência. Mas preferia fazer cinema ou uma série.
Se retomar a sua carreira como actriz, a apresentação será posta de lado?
Neste momento, já não consigo fazer isso. Estou a gostar muito desta experiência e o facto de poder ser eu mesma é muito agradável, apesarde me ter assustadoum pouco no início, uma vez que estava habituada a ter aquela ‘capa' que uma personagem nos oferece. Mas o que mais gosto de fazeré de comunicar e posso fazê-lo de umaforma maisdirecta através da apresentação. Por isso, terei sempre de conciliar ambas.
"ESTA É A FASE MAIS EXIGENTE"
Há muita emoção nos bastidores de ‘Ídolos'?
Sim, a fase do teatro é a mais exigente. Ninguém faz ideia do trabalho que é exigido aos concorrentes. Eles estão lá 15 horas e, durante a noite, quando podem descansar, têm de preparar as audições do dia seguinte. É muito duro.
Nesta fase, a Cláudia, torna-se numa amiga...
Tenho a noção de que sou um ombro amigo, tal como o João. Eles contam connosco. Nos castings, é fácil lidar com os que são rejeitados, porque não os conhecemos bem. Mas, nesta fase, já temos alguma relação com eles e a noção das suas potencialidades. E quando eles ficam por ali, às vezes para nossa surpresa, a despedida mexe connosco.
PERFIL
Cláudia Vieira nasceu em Loures, a 20 de Junho de 1979. Estreou-se como actriz em ‘Maré Alta', da SIC, mas foi na TVI que se tornou reconhecida, em ‘Morangos com Açúcar'. Em Junho de 2008, regressou à SIC, tendo assinado um contrato de exclusividade, que termina em 2011, e protagonizado a novela ‘Podia Acabar o Mundo'. Em 2009, estreou-se como apresentadora em ‘Ídolos'. A actriz tem uma filha de seis meses, Maria, com o actor Pedro Teixeira.
Em primeiro lugar, conseguir estar à vontade, pois sou muito ansiosa e fico muito nervosa. Não posso estar tão tensa em directo, porque isso nota-se. Por isso, essa vai ser uma das minhas grandes lutas. Acima de tudo, tenho de estar mais confiante e o facto de haver uma simbiose diferente entre mim e o João [Manzarra] vai, certamente, ajudar-me a estar mais descontraída.
Qual é o maior receio sempre que sobe ao palco?
Que me faltem as palavras. É verdade que temos teleponto e um guião, mas há sempre coisas que surgem e que não estavam preparadas. Tenho muito medo de ter um lapso de memória. E, claro, há sempre o receio, típico, de cair.
Esse era o seu principal receio quando estava grávida?
Muitas pessoas criticaram-me por usar saltos altos, outras perguntavam-me se não tinha medo de cair pelas escadas. Como viram, não aconteceu nada.
O facto de competir com Sílvia Alberto (‘Operação Triunfo', RTP 1) e Júlia Pinheiro (‘Casa dos Segredos', TVI) aos domingos também a deixa nervosa?
Sinceramente, não me preocupo muito com isso. Admiro bastante o trabalho da Sílvia [Alberto], que já apresentou o ‘Ídolos', e a Júlia [Pinheiro] é uma referência. Mas só tenho de me preocupar em dar o meu melhor e ser fiel a mim mesma e ao formato. É claro que tenho a preocupação de cativar o telespectador, mas as audiências não são uma prioridade. Contudo, é bom saber que as coisas correram bem.
Mas segue as audiências?
Posso não conhecê-las logo na segunda-feira, ou até na terça. Mas habitualmente sim.
Tem curiosidade em ver a ‘Casa dos Segredos'?
Tenho sempre curiosidade de ver o que se passa na televisão em geral. Mas o estilo de programa em si não me prende.
Continua a gravar as galas do ‘Ídolos' para ver depois?
Quando comecei a apresentar o programa fazia questão de ver as primeiras emissões, para poder analisar o meu trabalho. Ficava irritada com muitas coisas e tentava corrigi-las. Mas o tempo foi passando e comecei a ver menos, pois deixei de sentir essa necessidade.
Foi mãe há seis meses. Como foi voltar ao trabalho?
A Maria nasceu de 35 semanas e no primeiro mês de vida não saiu de casa. O facto de estar fechada, quando estava acostumada a um ritmo aceleradíssimo, fez-me querer voltar a trabalhar rapidamente. Foi muito bom voltar. Não estar cem por cento dedicada à Maria custou um pouco. Acho que é inevitável. Agora, já consigo gerir melhor o meu tempo, até porque a fase dos castings, que ocupava mais tempo, terminou.
O que é que a maternidade mudou em si?
Há muita gente que diz que ser mãe nos torna mais sérias. Acho que não é uma questão de ficar mais séria, mas de encarar a vida de outra forma. Tenho um sentido de responsabilidade completamente diferente, agora que tenho uma criança que depende de mim e à qual faço questão de dar a melhor educação possível e garantir toda a protecção e estabilidade. Nesse sentido, há uma procura constante do que é mais correcto. Além disso, descobri um amor totalmente diferente daquele que conhecia até agora. É mágico. De resto, acho que continuo com a mesma personalidade.
Para quando o regresso à representação?
Gostava muito de fazer cinema e teatro, mas estou condicionada pela Maria. Sempre levei a minha vida a fazer várias coisas ao mesmo tempo, num ritmo alucinante. Agora quero levar as coisas com mais calma. Quero voltar a representar rapidamente, mas não sei o que vai surgir. Talvez quando ‘Ídolos' terminar. Há muita coisa falada, incluindo teatro.
Fazer uma novela está fora de questão?
É o que exige mais tempo, mas é a oportunidade que aparece com mais frequência. Mas preferia fazer cinema ou uma série.
Se retomar a sua carreira como actriz, a apresentação será posta de lado?
Neste momento, já não consigo fazer isso. Estou a gostar muito desta experiência e o facto de poder ser eu mesma é muito agradável, apesarde me ter assustadoum pouco no início, uma vez que estava habituada a ter aquela ‘capa' que uma personagem nos oferece. Mas o que mais gosto de fazeré de comunicar e posso fazê-lo de umaforma maisdirecta através da apresentação. Por isso, terei sempre de conciliar ambas.
"ESTA É A FASE MAIS EXIGENTE"
Há muita emoção nos bastidores de ‘Ídolos'?
Sim, a fase do teatro é a mais exigente. Ninguém faz ideia do trabalho que é exigido aos concorrentes. Eles estão lá 15 horas e, durante a noite, quando podem descansar, têm de preparar as audições do dia seguinte. É muito duro.
Nesta fase, a Cláudia, torna-se numa amiga...
Tenho a noção de que sou um ombro amigo, tal como o João. Eles contam connosco. Nos castings, é fácil lidar com os que são rejeitados, porque não os conhecemos bem. Mas, nesta fase, já temos alguma relação com eles e a noção das suas potencialidades. E quando eles ficam por ali, às vezes para nossa surpresa, a despedida mexe connosco.
PERFIL
Cláudia Vieira nasceu em Loures, a 20 de Junho de 1979. Estreou-se como actriz em ‘Maré Alta', da SIC, mas foi na TVI que se tornou reconhecida, em ‘Morangos com Açúcar'. Em Junho de 2008, regressou à SIC, tendo assinado um contrato de exclusividade, que termina em 2011, e protagonizado a novela ‘Podia Acabar o Mundo'. Em 2009, estreou-se como apresentadora em ‘Ídolos'. A actriz tem uma filha de seis meses, Maria, com o actor Pedro Teixeira.
CM
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