Júlia Pinheiro está actualmente na TVI mas deu uma entrevista ao Jornal I onde fala de programas que apresentou na SIC como a Noite da Má Língua, sobre a sua «fuga da informação» e sobre o seu filho (Rui Pêgo que está à frente do CC na SIC Radical).
Quanto à questão da Noite da Má Língua, a apresentadora refere que fazer o programa era "hilariante" acrescentando que "a fase com o [Rui] Zink, Miguel Esteves Cardoso e a [Rita] Blanco foi tão louca. Tínhamos carta branca. Perguntava ao Emídio [Rangel]: "Então, posso dizer mal do Papa?" Ele respondia que sim. Chegamos até a gozar com o próprio Emídio. Há um episódio em que ele e a Felipa Garnel vão atrás de um jornalista que fazia umas crónicas assassinas no "Semanário", em que atacava sempre o Emídio. Eles deram-lhe um enxerto de tareia, merecido, aliás. Foi uma escandaleira. Pensávamos, é o nosso chefe, mas não podemos passar ao lado disto. Então recriámos a cena. Andávamos numa carrinha e dávamos um enxerto de porrada a um tipo. O Emídio foi elegantíssimo e não disse nada."
Já em relação à fuga da área da informação da SIC Júlia Pinheiro refere que "a redacção da SIC era muito masculina, que havia uma série de colegas minhas com grande potencial e que eu tinha o estigma de ter feito entretenimento na rádio. Depois constatei que ser pivô não era muito excitante. A rotina é cansativa. Além disso, tenho um histrionismo que os anos vieram acentuar, por isso manter-me quieta ali seria problemático. É uma coisa meio formal, mais contida, ainda bem que deixei."
A entrevista ao I não finaliza sem falar de Rui Pêgo. Sem querer alongar-me muito quanto a esta questão Júlia refere que ambos começaram da mesma forma: a fazer um casting. "Ganhou o casting, tal como eu, na mesma idade. Mas achei sempre que a SIC teria o constragimento de dar o sinal para fora de que vai ganhar o filho da Júlia. As pessoas iam pensar que o tinham beneficiado e ele ia ser prejudicado."
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