Há três meses a dupla de Capa de Revista não se dava assim tão bem, mas agora é inseparável. Nos estúdios da SIC, é só rir com estes dois.
07h45 da manhã. Mal se faz dia e já reina a boa disposição em Carnaxide. Nos estúdios da SIC, Ana Marques e Cláudio Ramos soltam risadas enquanto se preparam para entrar em directo com Capa de Revista, o espaço diário que antecede Companhia das Manhãs e que analisa os assuntos que marcam a actualidade nas revistas cor-de-rosa e na imprensa nacional. Três meses após a estreia, a dupla de comunicadores aprendeu rapidamente a funcionar e a lidar entre si. Mas no princípio não era bem assim.
"Sempre achei que o Cláudio era o tipo de pessoa que era capaz de vender o pai e a mãe para aparecer. Achava que ele se levava muito a sério na leitura das revistas cor-de-rosa. Não tinha uma ideia positiva dele. A Tertúlia Cor-de-Rosa deu-lhe essa imagem, mas o Cláudio não é assim. É muito bem-disposto e intuitivo com o público para quem trabalha, tenho aprendido imenso com ele. Isso é um grande mérito seu. E não tem complexos nem pretensiosismos", afirma Ana Marques.Cláudio Ramos confessa que também não "ia à bola" com a apresentadora. "A Ana é uma mulher muito engraçada e bem-disposta. Eu não perdia tempo a pensar nela antes do programa, pois tinha uma imagem sua que não correspondia à realidade. O seu bom humor conquistou-me logo à partida. Funcionamos bem como dupla porque sou o palhaço histriónico e ela mantém uma certa elegância e contenção, que também faz falta", ri-se Cláudio.
Os dois concordam que a dupla que formam é "muito improvável", mas teve uma razão de ser. "Juntaram duas pessoas completamente diferentes, porque uma vem do jornalismo e a outra é mais popular. Isto porque quando vamos para o ar [09h00 e pouco] é um deserto. Antes de nós, temos classes mais literatas a ver o programa de informação da SIC e depois começam a chegar as donas de casa e o público mais velho, para ver o Companhia das Manhãs", diz Ana."Dizem-nos que somos o Prozac do País"O balanço destes três meses é "mais do que positivo", reforça Cláudio Ramos. "Dão-nos os parabéns no Facebook, na rua, etc. Ficamos felizes por divertir as pessoas. O que eu mais aprecio na televisão é a cumplicidade entre as pessoas. Se isso passar lá para fora, se conseguirmos pôr as pessoas a rir às gargalhadas, isso já é uma mais-valia. Não me importo de fazer figuras ridículas para que as pessoas se divirtam", diz o apresentador.
Ana Marques acrescenta: "Alguns espectadores dizem-nos que somos o Prozac do País. Até para nós foi uma surpresa a forma como nos vamos entrosando. Temos uma picardia saudável. Apostamos na boa disposição nonsense e brincamos connosco. Isso faz este espaço funcionar", diz.E já há até o desejo de levar o Capa de Revista em digressão por Portugal. "Gostávamos muito de fazê-lo no Verão. A ideia é percorrer o País e estar próximo das pessoas", diz Cláudio Ramos. Ana Marques concorda e remata: "Esta é ainda uma ideia embrionária. Mas vamos ver", adianta.
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