Com o propósito de comemorar os 10 anos da SIC Notícias, o SIC Blogue traz agora a entrevista a João Moleira.
Jornalista da SIC Notícias desde o arranque do canal de notícias, João Moleira veio do CNL (Canal de Notícias de Lisboa). Actualmente encontra-se a apresentar a Edição da Manhã que pode ser vista na SIC Notícias e na SIC Generalista de segunda a sexta-feira das 07h00 às 10h00 (SIC Notícias) e 07h00 às 09h15 (SIC Generalista). O jornalista falou em exclusivo ao SIC Blogue e o resultado pode ser visto a partir de agora!
Quem é o João Moleira?
É um jornalista, de 33 anos, que fez um percurso normal passando pela imprensa regional e pelas rádios até chegar à televisão, há 11 anos.
Quando lhe perguntavam o que queria ser quando fosse grande o que é que respondia?
Eu acho que nunca passei essa fase de dizer que queria ser algo. Lembro-me que desde cedo sabia que faria algo ligado à comunicação porque as minhas brincadeiras já passavam por ai, mas não sabia o quê em concreto.
- De onde é que vem a paixão pelo jornalismo?
- A paixão vem desde criança, quando já lia muitos jornais, ouvia muita rádio e via televisão. Era algo que me fascinava. Felizmente tive oportunidade de colocar isso em prática muito cedo.
Conte-nos um pouco do seu percurso até chegar à informação
O meu percurso passou sempre pela informação. Nunca explorei outra área dentro da comunicação, a não ser dar aulas. Tinha 14 anos quando entrei pela primeira vez numa redacção e desde então só tenho feito informação. Primeiro nos jornais regionais, depois nas rádios, até que chegou a televisão. Mas sempre na informação.
Sai do CNL para a SIC Notícias. Foi uma mudança muito grande?
Foi uma mudança importante. Primeiro que tudo, foi o reconhecimento do trabalho que estava a desenvolver e a oportunidade de entrar num projecto que representava um grande desafio. Um desafio ganho, como estes 10 anos comprovam. A mudança foi naturalmente grande porque estamos a falar de uma estrutura base, que é a SIC, que já era uma grande referência na informação televisiva, talvez a maior.
Há 10 anos nascia o canal de notícias “24 horas em directo e em português”. O que é significou para si estar no lançamento da SIC Notícias?
Acima de tudo foi um orgulho muito grande fazer parte daquela equipa que há 10 anos viu o canal nascer. É daquelas coisas que vai marcar sempre a minha carreira, até porque, hoje em dia, está comprovado o sucesso do projecto, do qual muitos duvidavam.
Qual foi a notícia que mais lhe custou dar?
É complicado. Em 10 anos há muitas notícias que não gostaria de ter dado. Todos os dias há notícias más. A mim, pessoalmente, marcou-me muito a fase dos atentados pós 11 de Setembro, com as explosões em Londres e em Madrid. Primeiro, pelo significado, e depois pelas ligações afectivas às duas cidades. Mas, infelizmente, foram, de facto, muitas as notícias que gostaria não ter dado.
Já esteve na condução da informação acompanhado e agora está mais sozinho. Como é que se sente melhor?
Sinto-me bem nas duas situações. Acompanhado requer uma maior coordenação e entendimento com a parceira, mas é algo que é possível alcançar.
Trabalhou com a Rita Ferro Rodrigues, com a Ana Lourenço ou com a Marta Atalaya só para falar de algumas na SIC Notícias. Como é que as define?
Sim, trabalhei com as três e também com a Carla Jorge de Carvalho, a Teresa Pina e a Teresa Dimas. Qualquer uma delas é uma óptima profissional. Todas com características muito próprias, mas de fácil trato. Pelo menos para mim foi assim. Para além disso, tenho o privilégio de ser grande amigo de algumas delas, o que facilita muito as coisas. É uma posição em que é preciso ter muito respeito e confiança no trabalho do outro e isso aconteceu sempre em relação a qualquer uma delas.
Actualmente está na Edição da Manhã. Ter de acordar cedinho é o grande sacrifício ou já está habituado?
Já estou habituado, mas naturalmente que acordar às 3 da manhã custa sempre...
Há uma maior responsabilidade em ter a Edição da Manhã num canal generalista?
O produto apresenta a mesma qualidade, pelo menos na minha análise. É óbvio que chegamos a mais gente, mas a seriedade com que se enfrenta o desafio é a mesma.
Quantas pessoas são precisas para fazer a Edição da Manhã?
A equipa de jornalistas destacados unicamente para a Edição da Manhã não é muito grande, mas dá boas garantias, porque entendemo-nos todos muito bem, o que é meio caminho andado para o resultado final. Óbvio que gostaria de ter mais gente, mas isso creio que todos os profissionais em todos os produtos. Falando em números, e não esquecendo a produção e a equipa técnica, serão quase duas dezenas de profissionais.
Os mais atentos sabem que o João é super bem-disposto… Como é que consegue disfarçar esse lado quando está a apresentar um noticiário?
Eu não disfarço nada. Sou como sou. Bem disposto quando tenho que ser e mais sério quando o momento o exige. Acho é que não devemos criar máscaras daquilo que não somos. Somos seres humanos que riem e choram como os outros. Naturalmente que há emoções que têm e devem ser controladas no jornalismo, mas noutras situações podem ser uma mais valia para criar empatia com o público.
Qual foi o momento mais embaraçoso?
Hmmm... também não é fácil. Talvez durante a fase de apresentação a duplas, em que as empatias com as colegas levavam a uma dificuldade no controlo da boa disposição que não se justificava em determinado momento. Mas em três horas em directo, todos os dias, durante 10 anos há certamente muitos momentos que não correm como desejamos e a minha memória já não é o que era...
A pergunta da praxe: o que é para si a SIC?
É a minha segunda casa que me deu a oportunidade de crescer profissionalmente, mas para a qual sinto que também tenho dado muito.
DEMONSTRADA PELO JOÃO MOLEIRA
Comentários
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Tens futuro Hugo! ;)
Abraço