"Vejo que a SIC está a crescer em termos de ficção" > Joana Santos

Que balanço faz de ‘Laços de Sangue'?
Extremamente positivo, porque a novela atingiu um pico de audiências que ninguém estava à espera. Foi sempre uma grande aposta da SIC, quer a novela quer a minha personagem e, até agora, é estrondoso, nem eu estava à espera de tanto reconhecimento do público.
Como é a relação com a Diana Chaves e o Diogo Morgado?
Excelente. Já tinha trabalhado com ambos e reencontrá-los foi óptimo. O Diogo ajuda-me imenso, dá-me bastantes dicas, somos muito amigos. Também gosto imenso da Diana [Chaves]. Somos o trio amoroso da novela e damo-nos os três muito bem.
A Diana já teve relações com vários personagens masculinos. Como é que se prepara para essas cenas?
Não há, sinceramente, uma grande preparação. Na altura, é concentração e dedicar-me àquela cena. São sempre muito bem trabalhadas. Se a Diana estiver na cama é óbvio que não estou nua. Fico mais nervosa, sim, porque quero fazer bem a cena, mas levo descontraidamente. Comparo um beijo a uma estalada. Sou actriz, vou ter de o fazer.
Que final quer para a Diana?
Não quero que morra, mas gostava que acabasse num manicómio a assumir a identidade da irmã. Ou um final feliz, que fugisse do país, milionária, e começasse a fazer maldades noutro sítio.
Surpreender o público é importante?
Sim. Temos de dar o exemplo e os maus têm de ter um final mau, mas defendo sempre a minha personagem e para mim ela acabava bem.
Este é o seu quinto papel e é já a protagonista. É o papel que marca a carreira?
É, sem dúvida. Todos os papéis que tive foram importantes porque foram versáteis, só que esta personagem está a marcar-me porque é uma vilã diferente. No início da novela era simplesmente revoltada, mas tornou-se uma psicopata.
Após uma personagem tão marcante, vê-se com um papel secundário?
Sim. A questão não é o protagonismo, é ter papéis bons, que nos dêem trabalho. Adorava fazer um papel cómico, como a Sheila [Débora Ghira] ou o João Ricardo [Armando Coutinho]. Se vier um papel secundário, até para descansar um bocado, é bem-vindo.
Há alguém com quem gostasse de trabalhar?
Com o Ruy de Carvalho, não tive o privilégio ainda, e com a Eunice [Muñoz] também. Neste momento tenho o privilégio de trabalhar com grandes actores, como a Margarida Carpinteiro, o Pompeu José e a Lia Gama, que são fantásticos.
‘Laços de Sangue' é o grande investimento da SIC na ficção. Acredita na conquista do horário nobre à TVI?
Tudo é possível. E havendo concorrência é óptimo, tanto para a TVI como para os outros canais. Para os actores é uma mais-valia. Pode haver mais trabalho. Estamos no caminho certo.
Já foi sondada para participar em algum novo projecto da SIC?
Ainda não. Querem que me dedique única e exclusivamente a esta personagem. Tenho contrato de exclusividade, por isso tenho de fazer alguma coisa daqui para a frente.
E teatro ou cinema?
Neste momento não é possível. É a minha primeira grande personagem, quero dedicar-me a 100% e não ia ser bom fazer duas coisas ao mesmo tempo. Mas depois estou livre para fazer teatro, cinema, o que for.
É um sonho trabalhar noutro país, como Brasil ou EUA?
Sim, claro que sim. Se me fizerem o convite, vou de braços abertos.
Já foi convidada?
Não. Sei que já há muitas coisas na comunicação a dizer que vou fazer uma novela lá, mas ainda não foi nada falado.

PERFIL
Joana Santos tem 25 anos e é natural de Loures. Começou como modelo, aos 13 anos, e no currículo conta com participações em ‘Ilha dos Amores' e ‘Fala-me de Amor', na TVI. Em 2007 chegou à SIC, em ‘Rebelde Way' e protagoniza agora ‘Laços de Sangue'. Reservada quanto à vida pessoal, mantém uma relação há dois anos, mas o casamento e a maternidade "fazem parte dos planos, mas a longo prazo", revela.

FICOU PARA SER PROTAGONISTA
"Aceitei fazer o contrato de exclusividade com a maior alegria", revela Joana Santos, que garante não ter sido convidada para mudar de estação. "Fiquei na SIC porque me deram a oportunidade de ser a protagonista e vejo que a SIC está a crescer muito em termos de ficção nacional", explica. A jovem actriz diz que "há uma energia muito boa, uma comunhão" quando contracena com Margarida Carpinteiro.

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