Perdidos e Achados na Figueira da Foz

Em 2001, a SIC foi à Figueira da Foz fazer uma reportagem sobre um grupo de imigrantes de Leste que estava a aprender português no Jardim Escola João de Deus. Entre os vários alunos que conhecemos, foi a história de um casal ucraniano que mais chamou a atenção. Na altura, Constantino e Valentina tinham chegado há pouco tempo à Figueira da Foz e debatiam-se com as habituais dificuldades de adaptação a um país estrangeiro.
Na Ucrânia, Constantino era director de uma escola e ganhava pouco mais de 35 euros e Valentina era economista e tinha um salário ainda mais baixo.
Deixaram a Ucrânia e vieram para Portugal tentar melhorar de vida. Para trás, deixaram um filho pequeno do casal e uma filha mais velha, de um anterior relacionamento de Valentina.
Há dez anos, Constantino trabalhava na construção civil e Valentina estava num lar de idosos. O casal ainda falava num português bastante rudimentar e as aulas nocturnas eram fundamentais para a sua integração.
Eram várias professoras do grupo João de Deus que davam as aulas. Sem receber um tostão, três vezes por semana, tinham de fazer horas extraordinárias para ensinar. Além disso, ajudavam os imigrantes naquilo que podiam.
Dez anos depois, o Perdidos e Achados voltou à Figueira da Foz para saber o que é feito dos alunos que vieram do Leste e das professoras que os ajudaram.

Jornalista: Patrícia Mouzinho
Imagem: Jorge Pelicano
Edição: João Nunes
Produção: Diana Matias; Madalena Durão
Coordenação: Sofia Pinto Coelho
Direcção: Alcides Vieira

Comentários

Anónimo disse…
quando vão disponibilizar o vídeo online? obg