Sandro Borges tinha apenas 21 anos quando um acidente de carro lhe roubou o sonho de vir a ser jogador de futebol.
Começou cedo a dar os primeiros toques na bola, quando ainda vivia no bairro da Cova da Moura, em Lisboa. Aos 17 anos muda-se para o Porto para ingressar no Boavista, mas 4 anos passados e alguns azares depois, acaba numa equipa da 3ª divisão dos Açores.
Desapontado com o rumo da carreira, regressa ao Porto no dia 16 de Maio de 2005.
Nesse dia, tudo mudou. Sandro seguia na A4 com José Boswinga, Nélson, Edu e Jaime Linares, todos jogadores de futebol. Regressavam de Paços de Ferreira, de um jantar entre amigos, quando a chuva e uma curva perigosa traçaram o desfecho daquela noite. O carro despenhou-se numa ravina e Sandro foi projetado. Soube, naquele momento, que nunca mais ia jogar futebol.
Os outros 4 ocupantes saíram ilesos do acidente. Sandro foi encaminhado para o Hospital de S. João e nessa mesma noite soube que teria de amputar parte da perna esquerda. Não foi fácil para Sandro encarar a mudança, o fim de um sonho, a obrigação de novo começo.
Mas não desistiu da vida, nem do desporto. Fintou todos os obstáculos e hoje, 6 anos depois, é como ciclista que tenta chegar ao topo. Treina todos os dias para, em 2012, competir nos Jogos Paraolímpicos de Londres.
Um reportagem com coordenação de Lúcia Gonçalves.
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