Ídolos: próximos castings são em Braga

Foram mais de seis mil, e muitos passaram a noite ao relento junto ao edifício da Alfândega do Porto para mostrar os dotes vocais ao júri de seleção do programa Ídolos. Para a maioria, valeu a pena. 
À partida, adivinhavam que ser um dos escolhidos para o programa não"seria fácil, mas, mesmo assim, tentaram. "Só por estar aqui e conhecer esta gente toda já vale a pena ter esperado tantas horas", dizia, a meio da manhã de ontem, Diana, 18 anos. Saiu de casa, em Famalicão, às quatro e meia e às 11 já tinha amigos. A experiência ensinou Diana que, enquanto se espera, não se canta: "No ano passado, passei o dia a cantar e quando cheguei à frente do júri estava sem voz". Não foram as cordas vocais mas os nervos que, em 2011, impediram Soraia, 18 anos. "Cheguei à fase das câmaras e, depois, deu-me uma branca", conta a concorrente de Gondomar. 
O programa da SIC, apresentado por Cláudia Vieira e João Manzarra, tem estreia marcada para 25 de março. Os castings tiveram início do Porto mas vão, agora, percorrer o país, à procura de jovens entre os 16 e os 28 anos. As próximas audições serão a 3 e 4 de março, em Braga. 

"Voz maravilhosa" 
Ontem, até à hora do almoço, entre os primeiros 100 candidatos, apenas cinco tinham recebido o papel azul, carimbando presença perante o temível júri. Armando Abade, de 22 anos, foi um dos premiados para se apresentar hoje. Chegou de Muxagata, Fornos de Algodres, e era a segunda vez que tentava alcançar o palco. "Já tinha concorrido há três anos e, mais uma vez, consegui passar ao júri principal. Agora, sinto-me mais seguro", confessou. Ainda sem conhecer a sua sorte, Helena Mendes e Vítor Lusquiños, 16 anos, de Felgueiras, esperavam a sua vez. "Ela tem uma voz maravilhosa", elogiava Vítor, apontando Helena, prometendo que, mesmo que ganhasse o passe do júri, recusaria caso a amiga não fosse consigo. "Não digas asneiras", contradizia Helena. 
Mas o vocalista dos Black Panoramic insistia: "Digo-o muito a sério". A sofrer o dobro estavam dezenas de pais. E a dobrar pelo cansaço e o nervoso de não saber se os filhos são ou não reconhecidos. Como Odete Vasconcelos, de Oliveira de Frades, que se levantou de madrugada para levar Nádia. Ou Lurdes, que levou, de Braga, Daniela a experimentar os seus dotes vocais.
JN

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